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Matador da facção GDE assassinou menina de 7 anos na Barra do Ceará quando tentava atacar o pai dela

31 de julho de 2025 às 09:29

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A morte de uma menina de sete anos assassinada a tiros na Barra do Ceará há uma semana entrou para a estatística de crianças vítimas da guerra urbana entre facções rivais. O Diário do Nordeste teve acesso a documentos nos quais constam que o alvo do atirador era o pai da menina, que também chegou a ser baleado, mas resistiu aos ferimentos.

Lucas Vítor de Lima, o 'Gago' foi preso em flagrante pelo homicídio e tentativa de homicídio. Ele é apontado como integrante e matador do grupo Guardiões do Estado (GDE). O sobrevivente da ação criminosa teria dito aos policiais que já pertenceu ao Comando Vermelho (CV), mas que saiu da facção e se "regenerou e que por isso criminosos da GDE querem matá-lo".

O pai, de identidade preservada para não identificar a criança, caminhava na rua junto a filha, quando foram surpreendidos: "eis que surge uma motocicleta e passa por eles, em seguida a motocicleta retorna e na esquina o criminoso efetua disparos contra ambos, sendo que em seguida o assassino volta para o mesmo lugar de onde veio", diz trecho da investigação.

A menina foi atingida por um disparo nas costas, que saiu pelo abdômen. Foi socorrida, e não resistiu. 

Já o sobrevivente foi baleado nas costas e em um dos braços, foi levado a um hospital e depois ouvido pelos policiais. O pai contou que já tinha sido alvo de um ataque dois meses antes e que se visse a imagem do atirador seria capaz de reconhecê-lo.

BUSCA POR CÂMERAS

Os investigadores passaram a buscar por imagens de câmeras de segurança no entorno do local do crime para auxiliar na identificação do criminoso e terem o registro da dinâmica do crime.

Um policial teria dito que no local é proibido serem instaladas câmeras de segurança, a mando do Comando Vermelho, mas conseguiram acesso a imagens limitadas e baixa resolução.

O sobrevivente identificou 'Gago' como autor dos disparos e o suspeito foi preso. Lucas Vítor estava escondido na casa da namorada, no bairro Jangurussu, quando foi localizado e detido. No último dia 27 de julho, 'Gago' passou por audiência de custódia e a prisão em flagrante foi convertida em prisão preventiva. 

"Não restam dúvidas que a motivação do crime é a guerra entre organizações criminosas rivais, portanto conclui-se que o infrator integra a facção criminosa denominada GDE. No momento que Lucas, vulgo Gago foi encontrado, estava em posse de significativa quantidade de maconha e um rádio comunicador utilizado por forças de segurança e também por criminosos", diz trecho do relatório da Polícia Civil obtido pela reportagem.

A prisão foi coordenada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, com apoio do Departamento de Inteligência Policial e da equipe do Departamento de Polícia da Capital. 

Agora, o Ministério Público do Ceará (MPCE) pede à Polícia Civil mais diligências, como anexar aos autos laudo cadavérico e ouvir testemunhas do fato para decidir se irá ou não denunciar Lucas Vítor de Lima.