TVJ1.com.br

Policial



PUBLICIDADE

{}

Já são 116 mulheres mortas em todo o Ceará somente nos primeiros meses de 2018

09 de março de 2018 às 15:02

undefined

 

No Dia Internacional da Mulher, o estado Ceará teve pouco o que comemorar. Os índices de violência contra as mulheres no estado só aumentam, acompanhando a escalada da criminalidade em geral que atinge a população e que gerou 5.144 mortes no ano passado, recorde histórico. Neste começo de 2018, em pouco mais de dois meses, 116 mulheres foram assassinadas, contra 26 em igual período de 2017, o que representa um aumento de 346,1%. O número de delegacias especializadas para o setor está aquém do que determina a Constituição Estadual. 

A mais recente vítima dessa violência foi Jeane Ferreira da Silva, tinha 32 anos de idade e, segundo seus familiares, era usuária de drogas. Na noite desta quarta-feira (6), a vida de Jeane foi ceifada bruscamente. Cinco tiros foram disparados à queima-roupa contra ela. O crime ocorreu na Rua Visconde do Rio Branco, ao lado da Cidade da Criança, em pleno Centro de Fortaleza. A suspeita da Polícia é de que o crime tenha sido uma cobrança de dívidas do tráfico. 

Assim como Jeane, outras 115 mulheres foram assassinadas nos primeiros 66 dias de 2018. Somente em janeiro, foram 56 assassinatos. Em fevereiro, outros 42. No mês de março, já são 16 casos, contando com a morte de Jeane e de outras três jovens cujos corpos ainda não foram encontrados. 

As três garotas, identificadas como Nara Aline Mota de Lima, Darciele Anselmo de Alencar e Ingrid Teixeira Pereira foram sequestradas na noite da última quinta-feira (1º), em uma residência na Barra do Ceará por bandidos integrantes da facção criminosa Guardiões do Estado (GDE) e levadas em um carro até o mangue do Rio Ceará, do outro lado da ponte sobre o rio, na divisa entre Fortaleza e Caucaia. O local se chama Parque Leblon. 

Ali, as três foram torturadas e obrigadas a dizer diante da câmera de celulares dos assassinos que estavam “rasgando a camisa” do Comando Vermelho e passando para o lado da GDE. Mesmo diante do depoimento forçado, elas não tiveram suas vidas poupadas. Acabaram mortas a tiros e degoladas. No vídeo postado nas redes sociais pelos próprios criminosos um homem aparece carregando nas mãos as três cabeças, que são jogadas na lama do mangue. As buscas aos corpos continuam. 


Revista Central