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Ex-assessor de João do Povo também poderia ser assassinado, aponta inquérito policial

27 de julho de 2020 às 16:14

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Um inquérito policial do último mês de junho aponta que o ex-assessor de João do Povo seria assassinado após a morte de seu ex-chefe. No documento, um bancário suspeito de estar envolvido no crime que vitimou o antigo gestor de Granjeiro, planeja a execução do ex-funcionário do político assassinado.

Conforme o inquérito da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), Geraldo Pinheiro de Freitas, de 67 anos, conhecido como Geraldo Cândido, planeja matar Cícero Sebastião Vieira Freitas, o Kleber, ex-assessor de João Gregório Neto. O bancário é também suspeito de ser um dos financiadores do assassinato do antigo gestor de Granjeiro, morto enquanto caminhava no município, em dezembro de 2019.

O plano da morte do ex-assessor, conforme o inquérito, foi descoberto por meio de uma ligação entre o bancário e Vicente Félix de Sousa, pai de Ticiano da Fonseca Félix, vice-prefeito na mesma chapa eleitoral, de 2016, de João do Povo. Vicente e Ticiano foram presos na última quarta-feira (15) por envolvimento na morte do antigo gestor de Granjeiro. 

Durante a conversa, de acordo com o inquérito, Geraldo e Vicente lamentam ainda o fim da amizade dos dois após a morte de João do Povo, culpando o ex-assessor, Cícero Sebastião. Em seguida, Vicente orienta o que a esposa do bancário deverá falar quando for chamada para depor sobre o assassinato de João Gregório.

"Não fiquei surpreso"

Cícero Sebastião afirmou que soube há pouco tempo sobre o plano de assassinato contra ele. O ex-assessor diz não estar surpreso com o plano de execução, já que ele lutou para que a morte de João do Povo fosse esclarecida. "Eu brigava por justiça. Sabia os riscos que eu corria, mas eu estava disposto a desvendar esse crime, inclusive se fosse pagar com a própria vida". 

O ex-assessor afirmou ainda que, antes da execução de João do Povo, alertou ao então prefeito de Granjeiro sobre o crime. Conforme Kleber, havia fortes indícios de que os suspeitos, como Ticiano Félix e Vicente Félix, queriam a chefia da prefeitura, chegando a fazer denúncias infundadas contra o gestor à época e tentando subornar vereadores, oferecendo cerca de R$ 100 mil para os políticos.

"Viviam nas rádios da região, dando entrevistas. Faziam denúncias infundadas. Quando não conseguiram pela Justiça, partiu para compra a dos vereadores. Como conhecíamos os vereadores do município, eu procurei o prefeito e disse: "João, cuidado que eles vão te matar". Avisei antes do crime. E aí, foi só o que deu", afirmou o ex-assessor. 

Justiça

Apesar da preocupação de ser apontado como o alvo de um assassinato, Kleber afirma não buscar apenas proteção para a própria vida, mas também busca a solução para a morte de João do Povo, por meio da prisão e condenação de todos os envolvidos no assassinato.

"A gente fica preocupado. Mas em nenhum momento devemos baixar a cabeça. Conseguimos vencer uma batalha e vamos continuar até vencer uma guerra, pois todos serão condenados. Que a Polícia continue trabalhando, e que a justiça continue sendo feita", salientou o ex-assessor.

Com informações do Diário do Nordeste