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Empresário sofre ameaça de sequestro e morte por ligações de celular feitas na cadeia

26 de abril de 2019 às 10:35 - Atualizado em 26/04/2019 10:35

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Um empresário do ramo de restaurantes e barracas de praia está sendo ameaçado de seqüestro e morte por membros de uma facção criminosa que atua na zona Leste de Fortaleza. Motivo: teria impedido que traficantes negociassem drogas em seu estabelecimento, uma famosa barraca da Praia do Futuro. As ligações para o empresário partem de dentro de um presídio da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).Setores de Inteligência já apuram o caso, comprovando que ainda há aparelhos na posse dos presidiários.

O caso está sendo apurado em sigilo, segundo fontes da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), mas revela que a proibição de celulares nos presídios é uma etapa que ainda não foi vencida pelas autoridades do Sistema Penitenciário do Ceará, e contraria as repetidas declarações feitas pelo secretário Luís Mauro Albuquerque.  Ele tem dito que a entrada de celulares nas cadeias cearenses foi superada, o que ocasionou a redução da violência nas ruas.

 

No caso do empresário ameaçado, as ligações de dentro de um presídio local atestam que bandidos com poder nas quadrilhas e nas facções criminosas  locais continuam tendo acesso aos aparelhos e, através deles, ordenam crimes, comandam os negócios do tráfico e afrontam quem ousar  atrapalhar o comércio das drogas, principal fonte de renda das facções,

Desde a sua chegada ao Ceará, em janeiro último, o secretário Luís Mauro Albuquerque tem ganhado espaço na mídia local  por ter tomado decisões ousadas  e radicais com o objetivo de reorganizar  a disciplina e a administração do Sistema Penitenciário do Ceará.  Uma delas,  e a mais impactante até agora, a desativação imediata de dezenas de cadeias públicas do Interior. Foram 98 cadeias fechadas e seus detentos transferidos para presídios da Grande Fortaleza e para as penitenciárias regionais de Juazeiro do Norte e Sobral.

Sem tomadas

Albuquerque foi mais à frente, determinando uma reorganização geral no sistema de visitas aos presos, além de proibir o uso de celulares, TVs, ventiladores  e outros equipamentos eletroeletrônicos nas celas. E como não há qualquer previsão da instalação de bloqueadores de sinal de celular nos presídios, o secretário encontrou uma solução caseira: mandou retirar todas as tomadas das celas e corredores dos presídios, impedindo que os telefones pudessem ter suas baterias recarregadas.

Contudo, a entrada de celulares  continua a desafiar o secretário e sua gestão. As ameaças das facções a cidadãos, o planejamento e ordem para crimes nas ruas e nas favelas persistem.