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Defesa de PMs presos diz que eles estão ameaçados de morte

06 de setembro de 2016 às 10:54

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Ameaças de morte através das redes sociais. Esta é a denúncia que surge agora diante do episódio da prisão de 44 policiais militares, denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE-CE), como envolvidos na chacina de Messejana, quando 11 pessoas foram mortas e outras duas feridas, além de casos de torturas. Os PMs, que agora cumprem a prisão judicial, alegam que estão sendo alvos de perseguição, juntamente com suas famílias, de ameaças  de morte feitas nas redes sociais.

A denúncia foi confirmada na manhã desta terça-feira (6) pelo advogado Messias Bezerra, representante jurídico da Associação dos Cabos e Soldados do Ceará (ACS), em entrevista, exclusiva, ao portal  cearanews7.com.br e à Rede Plus de Rádio FM. Segundo ele, após a divulgação pelo MP da lista dos nomes dos 44 PMs, surgiram as intimidações.

“Estamos preocupados com esta situação. Os policiais se dizem ameaçados e impotentes para defender suas famílias, já que estão cumprindo a ordem judicial de prisão. Na nossa opinião, a decretação da prisão foi descabida e a divulgação dos nomes dos policiais ainda mais desnecessária e constrangedora para eles e seus familiares”, acentuou Bezerra.

Revogação

O advogado explica que a associação tem se debruçado sobre a questão e oferecido toda a assistência aos seus filiados, de forma a ofertar a defesa ampla aos militares que estão presos. Para Bezerra, a prova colhida na investigação da Controladoria Geral de Disciplina (CGD) e, depois, corroborada pelo Ministério Público, apresenta falhas, como a fragilidade dos indícios apresentados e a absoluta falta de individualização e fundamentação da participação  dos acusados na chacina.

“O fato de terem sido filmadas ou fotografadas as placas e os veículos dos investigados não é prova que possa dizer que o policial participou de uma chacina ou de um assassinato” questiona. Segundo ele, na própria peça da denúncia, os promotores de Justiça iniciam a acusação de forma enfática e, já do meio por fim, consideram a prova frágil em vários casos.

Até a próxima segunda-feira (12), serão encaminhados à Justiça pedidos de relaxamento ou revogação de prisões preventivas dos militares, de acordo com o grau da acusação feita à cada um dentro da denúncia do MP.

Por FERNANDO RIBEIRO