TVJ1.com.br

Policial



PUBLICIDADE

{}

Crimes de pistolagem se multiplicam no interior do Ceará e desafiam Segurança

30 de dezembro de 2019 às 09:19

undefined
Prefeito João Gregório (morto em Granjeiro), assessor Flávio Uchoa (morto em Senador Pompeu) e caminhoneiro Elieudes Mendes (morto em Tabuleiro do Norte)

Um prefeito, um jovem servidor público e um caminhoneiro são as mais recentes vítimas de uma onda de crimes com características de pistolagem registrada nos últimos três dias no interior cearense. O mais recente caso aconteceu na noite desta sexta-feira (27), na cidade de Tabuleiro do Norte, na região do Vale do Jaguaribe (a 216Km de Fortaleza). O caminhoneiro identificado por Elieudes de Oliveira Mendes, 45 anos, foi executado, a tiros, na porta de casa.

O crime foi praticado por dois homens que fugiram do local em uma motocicleta, sem nada roubar da vítima e sem ao menos discutir com ela. Se aproximaram, sacaram as armas e atiraram até matá-la, numa autêntica execução sumária.  Crimes com tais características têm desafiando as autoridades do Ceará. Entre os dias 1º de janeiro e 27 de dezembro, o estado registrou, nada menos, que 2.392 homicídios.

 

Na última quinta-feira (26), a vítima de pistoleiros no interior cearense foi um jovem de 22 anos, funcionário da Prefeitura Municipal de Senador Pompeu (a 273Km de Fortaleza).  Cicero Flávio Uchoa do Nascimento de Idairã era assessor do gabinete do prefeito daquele Município e foi executado, a tiros, quando se encontrava em uma oficina de som automotivo no bairro Nova Brasília, na periferia de Senador Pompeu.  Os assassinos agiram da mesma forma: se aproximaram do rapaz e o mataram friamente, fugindo em seguida.

Na manhã do último dia 24, o prefeito do Município de Granjeiro (a 478Km de Fortaleza), João Gregório Neto, 54 anos, fazia sua atividade física diária. Ele caminhava em torno de um açude, próximo de sua residência, quando foi surpreendido por matadores de aluguel. Os pistoleiros dispararam tiros de pistola nas costas e na cabeça de “João do Povo”, como o prefeito era conhecido. Ali mesmo, na parede do açude, o gestor municipal tombou morto.

Matadores de aluguel

Ao contrário da Capital e de sua região metropolitana, onde a maioria dos assassinato se deve à “guerra” entre facções criminosas, que brigam pelo domínio de território, no interior do Ceará a ação de matadores de aluguel, tem sido desafiadora para a Segurança Pública. Os crimes com idênticas características se somam todos os meses.  Assassinos pagos por mandantes executam suas vítimas e somem sem deixar pistas, tornando o trabalho da Polícia envolto em mistério e dificuldades.