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58% dos aprovados em concursos para Polícia Civil do Ceará abandonam corporação, alerta Sinpol

23 de abril de 2018 às 08:22

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Pesquisa do Sindicato dos Policiais Civis do Estado (Sinpol), com base em informações do Diário Oficial, mostrou que, em 10 anos, dos 3.489 profissionais que ingressaram na corporação por meio de concursos públicos, 2001 escrivães e inspetores abandonaram a carreira. A evasão, segundo o Sinpol, representa 58% do total de convocados, como alerta, em entrevista à edição desta segunda-feira, 23, do Jornal Alerta Geral (Rádio FM 103.4 – Expresso Grande Fortaleza + 25 emissoras no Interior), o presidente do Sinpol, Lucas Oliveira.

O presidente do Sinpol afirma que o alto índice de evasão “reflete a falta de valorização e falta de estrutura da nossa Polícia Civil”. Segundo Lucas Oliveira, os baixos salários – a Polícia Civil do Ceará recebe um salário menor do que a Polícia Civil do Piauí, Estado que tem o menor PIB da região Nordeste – e exercer a atividade de custodiar presos, que não é atribuição da corporação, são os principais motivos para o alto número de pedidos de exoneração.

Com o alto índice de evasão, o presidente do Sinpol lembra que a quantidade de policiais civis no Ceará é insuficiente para atender a quantidade de demanda. De acordo com a Sinpol, no Estado, a corporação conta com 3,7 mil policiais civis para atender 9 milhões de cearenses atualmente. Na década de 1980, com uma população menor, o Estado contava com mais de 4 mil policiais integrando a corporação. “Não dá para fazer o trabalho que a sociedade precisa com uma situação dessas”, pontua o presidente do Sinpol.

A realidade da Polícia Civil, explica Lucas Oliveira, contribui para a lentidão da resolução de crimes no Estado – a corporação é a responsável pelas investigações dos delitos criminosos. Com o aumento no número dos inquéritos, a criminalidade e o sentimento de impunidade cresce no Estado, alerta o presidente do Sinpol.