Padre indiano é condenado a 20 anos por estupro de adolescente
18 de fevereiro de 2019 às 09:18
Um tribunal indiano condenou um padre da Igreja Católica a 20 anos de prisão pelo estupro de uma menor de idade - o mais recente escândalo sexual envolvendo esta instituição no estado deKerala.
Robin Vadakkumchery foi considerado culpado, neste sábado (16), pelo estupro de uma aluna de 16 anos. O crime só veio à tona após a vítima surpreendentemente dar à luz em fevereiro de 2017.
Citando falta de provas, o tribunal absolveu quatro freiras, um padre e um funcionário do orfanato acusado de tentar encobrir o crime e proteger o influente Vadakkumchery.
Após uma organização de direitos da criança e do adolescente denunciar o caso à polícia, levando à prisão de Vadakkumchery em um aeroporto no Canadá, muitas testemunhas-chave do caso se tornaram hostis.
"Praticamente todas as testemunhas independentes se mostraram não cooperativas, tornando difícil para nós encontrar provas substanciais contra tudo que a defesa nos informou", disse à AFP o delegado Sunil Kumar, responsável pela investigação do caso.
Família
Até mesmo o pai da vítima depôs afirmando que ele, e não o sacerdote, tinha estuprado a menina, e a adolescente disse ao tribunal que a relação foi consensual.
Sexo com uma pessoa de menos de 18 anos - independentemente de ser consensual - é considerado estupro pela legislação da Índia, rigorosa com a proteção de menores de idade.
A vítima era estudante de uma escola dirigida pela Igreja.
A decisão judicial deste sábado ocorre após uma série de acusações contra grandes nomes da Igreja Católica em Kerala, inclusive um bispo, Franco Mulakkal, que teria estuprado uma freira 13 vezes em dois anos. Ele nega esta versão.
Com informações do Diário do Nordeste