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Ceará tem melhores resultados do Nordeste na Prova Brasil

21 de março de 2017 às 07:59

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O Ceará teve o melhor resultado da Prova Brasil 2015 entre os estados do Nordeste. O Estado teve resultados bem acima dos vizinhos, mas chegou a apresentar desempenho abaixo da média nacional (14%) nos testes de matemática do 9º ano das escolas estaduais, com apenas 12% do nível de aprendizado adequado.

A Prova Brasil mede o percentual de alunos que atingem o nível de aprendizado adequado em português e matemática. Os exames são feitos por estudantes de escolas públicas estaduais e municipais do 5º e 9º ano nas duas disciplinas. O Ceará ficou entre os dez melhores do Brasil nos resultados, atingindo a segunda melhor pontuação (69%) de alunos com bom rendimento em português no 5º ano, perdendo só para o Paraná (84%).

As escolas do Sul e Sudeste saem na frente se comparadas a de outras regiões. Em todo o Brasil, o aprendizado de matemática ficou abaixo do de língua portuguesa. O Ceará seguiu a tendência. De acordo com o coordenador de avaliação da Secretaria Estadual de Educação do Estado (Seduc), Luciano Nery, há ações sendo pensadas para superar esse déficit.

“Estamos com uma série de ações para amplificar o ensino da matemática principalmente no ensino médio e nas nossas escolas que ainda tem 9º ano”, afirmou. Segundo ele, há programas de aperfeiçoamento de professores em andamento, com destaque para os que lecionam matemática.

“Temos um caminho muito grande a trilhar. Somos muito bons na alfabetização e no 5º ano, mas o fundamental II mostra sinais de que a caminhada é mais longa”, admite.

Para o especialista em educação, participante do Comitê Ceará Campanha Nacional de Direito à Educação, Idevaldo Bodião, o aprendizado da matemática exige conhecimento prévio de conteúdo mais simples. “Uma coisa que se ensina no sexto ano ou no sétimo depende de algo para trás no tempo que deveria ter sido aprendido. O aluno tem que saber de soma para entender de multiplicação”, explicou.

Idevaldo destacou ainda que esses resultados não significam necessariamente que os alunos tenham boa educação, mas que aprenderam a fazer os testes. “Ninguém quer resolver o problema porque custa caro. Todo mundo diz que é a favor da educação e de melhorias, no entanto, na hora de discutir o dinheiro, quanto custa, some a unanimidade”, avaliou.