Brasil tem 59 milhões de endividados
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência, crescente deste o início de 2015, é causada pelo cenário econômico bastante adverso à quitação das dívidas do consumidor: desemprego, taxas de inflação e juros em alta
22 de janeiro de 2016 às 08:42
A lista de inadimplentes do Brasil começou o ano com 59 milhões de pessoas, de acordo com levantamento feito pela Serasa Experian. O total das dívidas chega a R$ 255 bilhões. Em janeiro do ano passado eram 54,1 milhões de consumidores nessa situação. A principal causa para a inadimplência é o desemprego, apontada por 26% dos 8.288 entrevistados em novembro do ano passado.
Segundo a pesquisa, o descontrole financeiro é admitido como responsável pelas contas atrasadas por 17% dos consumidores. O esquecimento dos compromissos financeiros (7%), empréstimo do nome para terceiros (7%) e despesas extras, com educação, saúde e outros serviços (7%) foram outras razões mencionadas para o não pagamento das dívidas.
De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada no último dia 15, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de desemprego subiu a 9% no trimestre encerrado em outubro, o maior percentual da série iniciada em 2012. No trimestre encerrado em julho, a taxa foi 8,6% e, no período entre agosto e outubro de 2014, chegou a 6,6%.
Segundo os economistas da Serasa Experian, a alta da inadimplência, crescente deste o início de 2015, é causada pelo cenário econômico bastante adverso à quitação das dívidas do consumidor: desemprego, taxas de inflação e juros em alta. “A inflação corrói a renda e o desemprego destrói, o que é pior”, argumenta o economista da Serasa Experian Luiz Rabi sobre os efeitos da crise.
A entidade orienta aqueles que continuam empregados a ter cautela com o crédito e fazer uma reserva financeira. Para os que ficaram desempregados a não entrarem em pânico e tentarem se organizar do ponto de vista pessoal e financeiro. Além disso, deve-se procurar os credores de financiamentos para expor a situação e alongar prazos, além de pensar em vender alguns bens, como o carro.
Agência Brasil
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