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Prisão do dono da Galvão Engenharia na Vidas Secas deve acelerar delação premiada

12 de dezembro de 2015 às 15:18

O atual presidente da CAB Ambiental, um dos braços da Galvão Engenharia, Mário de Queiroz Galvão, e o diretor da mesma empreiteira Raimundo Maurílio de Freitas foram presos nesta sexta-feira (11) na operação Vidas Secas, da Polícia Federal, que investiga superfaturamento em obras da transposição do Rio São Francisco.

Mário Galvão era, à época da assinatura do contrato, responsável pelas operações da Galvão Engenharia no Nordeste. No Ceará, a empreiteira foi responsável pela construção do Centro de Formação Olímpica, da Arena Castelão e do Centro de Eventos, todas as obras realizadas na gestão do ex-governador Cid Gomes (PDT).

A prisão é temporário, com prazo de cinco dias, tempo que pode ser prorrogado. A PF investiga contratos que somam R$ 680 milhões, deste, de acordo com as investigações, R$ 200 milhões foram desviados através de utilização de empresas de fachada do doleiro Alberto Youssef e do operador Adir Assad.

Ao todo, a PF cumpriu 24 mandados de busca e apreensão e 4 de condução coercitiva em Pernambuco, Goiás, mato Grosso, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Bahia e Brasília.

Ligação com José Dirceu

A PF aiinca apontou a participação da empresa JD COnsultoria, do ex-ministro José Dirceu (PT). "Foi constatada a transferência, em determinado momento, da Galvão Engenharia no valor de R$ 596 mil para a JD Assessoria", afirmou o superintendente regional da PF em Pernambuco, Marcelo Diniz.

Defesa

Em nota, o grupo Galvão disse que "não tomou conhecimento dos detalhes da investigação" da Operação Vidas Secas, mas assume o "compromisso de colaborar com o poder público para que tudo seja esclarecido da melhor forma possível".

Folha de SP.