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Idosa aguarda atendimento deitada no chão de hospital em PE por conta de superlotação

Direção do hospital atribui aumento na demanda a 'epidemia de dengue'. Unidade em Arcoverde teve alta de 175% na média diária de pacientes.

02 de dezembro de 2015 às 15:15

Senhora idosa deitado no chão em cima de um pano

(Foto: Reprodução/TV Asa Branca)

Uma idosa deitada no chão, ao lado de uma lixeira, com apenas uma toalha como proteção, e uma mãe em lágrimas com o filho doente no colo compõem o cenário na recepção do Hospital Rui de Barros Correia, em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. Com a unidade superlotada após um aumento de 175% na média diária de atendimentos, os pacientes reclamam da falta de médico. O conselho gestor do hospital atribui o aumento na demanda a uma epidemia de dengue na região.

Conforme levantamento da direção, a média de atendimento de 200 usuários por dia subiu para 550. Em nota, a direção do hospital informou que "reconhece a grande demanda na emergência da unidade, provocada, sobretudo, pela epidemia de dengue que atinge a Região de Arcoverde, mas esclarece que mantém o atendimento a todos os pacientes, dando prioridade aos casos mais graves". Ainda segundo a nota, "70% dos casos que chegam ao hospital poderiam ser atendidos em unidades e serviços de menor complexidade".

O filho da idosa que aguardou atendimento no chão disse que a situação é frequente na unidade. "Olha como a coitada está, não tem doutor. Olha como está a situação. É todo dia esse problema", afirmou Antonio Carlos Nunes.

Além dela, outras pessoas esperavam por atendimento de forma improvisada - alguns deitados em bancos. Com a demora no atendimento, uma mãe chora com o filho no colo. De acordo com o pai, Sebastião Ferreira, a criança está com sintomas da dengue. "A família inteira com esse problema e infelizmente a gente não tem a quem recorrer", disse o aposentado.

Um ofício foi enviado pelo conselho gestor do hospital à prefeitura, pedindo apoio nos atendimentos. "Solicitamos um apoio, para que aqui na frente do hospital, intalasse uma tenda e viesse dar um apoio com médico, técnico e enfermeiro", afirmou Arnaldo Tenório, presidente do conselho.

G1