Pela lei, cada consumidor pode comprar apenas duas unidades de bebida por vez, que seria servida em copos descartáveis. Venda estava proibida desde 2008.

Projeto que libera a comercialização e consumo de bebidas alcoólicas em estádios e arenas esportivas do Ceará teve entrada nesta terça-feira, 20, na Assembleia Legislativa. Segundo a proposta de Gony Arruda (PSD), estariam liberadas para a venda bebidas com até 10% de teor alcoólico – basicamente cervejas e chopp.

Segundo a proposta, a venda de bebidas começaria até duas horas antes do início da partida, sendo suspensa trinta minutos após o seu término. Pela lei, cada consumidor pode comprar apenas duas unidades de bebida por vez, que seria servida em copos descartáveis. A bebida também precisa ser armazenada em recipientes metálicos, evitando garrafas de vidro.

Outros estados

A medida segue tendência que vem sendo aplicada em diversos estados do Brasil. No final de setembro, a Assembleia do Rio de Janeiro aprovou projeto semelhante, que é discutido também em diversas outras regiões.

Proposta que teve entrada nesta terça deve agora seguir para as comissões da AL, e ainda não tem previsão para votação no plenário. No projeto cearense, Gony Arruda justifica a medida afirmando que a Copa do Mundo mostrou que a venda de bebidas “de forma alguma” foi motivo de violência.

“Ao contrário, percebe-se nitidamente que a violência ocorre em locais fora do ambiente esportivo, em combates e embates previamente marcado nas redes sociais por membros de gangues transvertidos de torcedores”, diz.

Polêmica

A comercialização foi proibida desde abril de 2008, há sete anos, após assinatura acordo entre o Ministério Público e a CBF para reduzir a violência nos estádios. Em 2010, o impedimento acabou incluído no Estatuto do Torcedor.

Durante a Copa do Mundo, no entanto, a proibição foi revogada pela Lei Geral da Copa – que “passou por cima” da lei federal antiga. Grandes distribuidoras de cerveja estavam entre as principais patrocinadoras do evento.

O Povo