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Ceará e Bahia repetem final de 2015 e Alvinegro tem vantagem ainda maior para vencer o Nordestão

04 de agosto de 2020 às 09:17

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A peleja se repete e, mais uma vez, a Orelhuda se engraçou para os lados do Alvinegro, mais até do que há cinco anos atrás. Se em 2015, Ceará foi para o duelo derradeiro da final da Copa do Nordeste contra o Bahia com a vantagem de um gol; para a batalha de hoje, às 21h30min, no Pituaçu, em Salvador, o Vovô, com a dianteira de dois gols construída na primeira partida, está ainda mais perto de se sagrar o maior do Nordeste pela segunda vez.

Chega ao fim também a saga da Copa, que foi interrompida por quatro meses. O confronto histórico põe frente a frente, ainda que sem a quentura que vem das arquibancadas, vazias devido aos protocolos sanitários impostos pela pandemia de Covid-19, duas das principais forças Região.

A batalha derradeira começou a ser construída no sábado, 1º. Desde que soou o apito final em Pituaçu, ainda que felizes, quem fala do Ceará tem no discurso a tônica de não se deixar levar pelo oba-oba. É que, mesmo com a frente alcançada no 3 a 1 em cima do Bahia, com direito a virada, o Alvinegro precisa entrar em campo concentrado para enfrentar um Esquadrão disposto a tudo para reverter o placar.

Se os baianos vão ter fôlego para operar a graça de vencer por pelo menos dois gols de diferença (para levar para o pênaltis) e ainda sem dar brechas aos contra-ataques do Vovô, aí já é outra história.

A tarefa árdua do Tricolor esbarra em um dos quesitos que tem se tornado marca do técnico Guto Ferreira à frente do Vovô: o forte sistema defensivo e a capacidade de anular as investidas do adversário. Desde que assumiu do Vovô no Nordestão, o time teve a defesa vazada duas vezes (contra CRB e Bahia) e fez sete gols.

Foi assim com o Fortaleza, na semifinal do torneio, e com o próprio Bahia. O 4-2-3-1 de Guto, ao passo que é preciso nos ataques, se apodera do campo defensivo do opositor, com linhas adiantadas, pressiona a saída de bola e desarma os ataques antes que eles se concretizem em finalizações. No primeiro gol, o de empate do Vovô, contra o Tricolor Baiano foi justamente a persistência de Fernando Sobral que, ao marcar o recuo de Juninho Capixaba ao goleiro Anderson, anteviu a falha e foi recompensado com o gol.

Os outros tentos também carregam o signo de Guto, ao apostar em Cléber, o grandalhão cabeceador, em detrimento do experiente Rafael Sobis, e ao colocar Mateus Gonçalves em campo.

Guto, assim como o próprio Ceará, também terá a chance de ser bicampeão — desta vez, do outro lado de quem olha lá do Bahia, onde conquistou o primeiro troféu, em 2017. "(Foi) uma vitória importante, mas não decide nada. Tem mais noventa minutos. Se jogamos bem (no primeiro jogo), nós temos que jogar muito melhor. A tendência do Bahia é entrar mais forte e, para superarmos esse Bahia mais forte, temos que ter um Ceará mais forte", disse o técnico ao fim da partida de sábado.

O êxito de Guto e do Ceará virá se a equipe puder transpor o discurso em prática, e se a coletividade, que vem sendo exaltada nas últimas apresentações, mostrar que consegue se afinar em campo com a peça que substituir Charles.

Importante na temporada que o Alvinegro tem feio, o volante tanto ajuda na recomposição quanto na criação e é desfalque no Vovô, por ter sido punido com o terceiro cartão amarelo. Ricardinho, mais ofensivo, ou William Oliveira, defensivo, disputam a preferência do treinador, com vantagem para o segundo, que foi usado no último confronto e está com mais ritmo de jogo. Marthã corre por fora.

Ficha técnica

Bahia

4-3-3: Anderson; João Pedro, Lucas Fonseca, Juninho e Juninho Capixaba; Gregore, Flávio e Rodriguinho; Clayson (Rossi), Élber e Fernandão. Téc.: Roger Machado

Ceará

4-2-3-1:Fernando Prass; Samuel Xavier, Klaus, Luiz Otávio e Bruno Pacheco; William Oliveira e Fabinho; Sobral, Vina e Leandro Carvalho (Rick); Cléber.

Téc.: Guto Ferreira

Data: 4/8/2020

Horário: 21h30min (de Fortaleza)

Local: Estádio Roberto Santos (Pituaçu), em Salvador, Bahia

Árbitro: Caio Max Augusto Vieira (RN)

Assistentes: Jean Marcio dos Santos (RN) e Flavio Gomes Barroca (RN)

VAR: Pablo Ramon Gonçalves Pinheiro (RN)

Com informações do O Povo