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Publicada em 06/03/2023 às 08:00 | Atualizada em 06/03/2023 às 08:25

Lima Duarte atropela motoqueira; vítima quebrou cinco ossos e está internada

O ator, de 92 anos, esperou no local até que a mulher fosse atendida

Da Redação

Divulgação-TV Globo

Lima Duarte, de 92 anos de idade, se envolveu em um grave acidente de trânsito na última quarta-feira, dia 1º. Apesar de não ter sofrido ferimentos, o ator acabou machucando uma motoqueira, que quebrou cinco ossos e segue internada no hospital. Tudo aconteceu na avenida Antártica, em São Paulo.

Segundo informações do jornal O Dia, a vítima alega ter sido atingida pelo carro do ator e então arrastada pelo asfalto. A mulher, que foi identificada como Simone, disse que Lima contou uma história totalmente diferente para as autoridades. 

Eu caída no chão ouvi ele contar uma história completamente contrária falando que eu tinha ido com a moto para cima dele, sendo que qualquer laudo prova que ele bateu na minha moto e saiu arrastando. Muitas pessoas viram, mas só que todos foram embora, porque estavam no ponto de ônibus e seguiram seus caminhos. Não tinha ninguém do meu lado para me ajudar. Até as pessoas próximas estavam mais preocupadas em tirar foto com ele.

A vítima sofreu ferimentos na bacia e precisará passar por um procedimento cirúrgico. Em conversa com a colunista Fábia Oliveira, ela relatou como tudo aconteceu:

Eu tava na Avenida Antártica, antes de atravessar a ponte, logo quando sai da Marquês de São Vicente. Eu tava vindo na faixa direita, sem ser a do corredor de ônibus, não tinha nenhum carro na minha frente, não tinha trânsito no horário, eu tava vindo de boa. Antes de eu atravessar a ponte, eu ouvi o pessoal do ponto gritando: Não moço, não. Quando eu olhei pro meu lado esquerdo, tinha um carro me ultrapassando numa velocidade bem maior do que a que eu estava com a moto. Mas ele me ultrapassou raspando em mim, me levando junto. Ele não estava no espaço suficiente pra passar do meu lado. Então, eu olhei o carro já estava pegando no meu braço, na minha moto, me atropelando mesmo. O guidão da minha moto prendeu no retrovisor desse carro e a minha moto foi jogada pro chão. Eu rodei umas três vezes no chão com a moto, depois a moto escorregou, eu fiquei. E quando eu olhei, lá na frente, o carro tinha estacionado, parou e era o ator Lima Duarte. Ele veio, falou pra que eu ficasse, chegaram os cara da CET, Polícia Militar, eu fiquei esperando resgate.

Simone ainda disse que Lima queria deixar o local após o ocorrido:

Ele queria ir embora, os policiais não deixaram porque falaram que eu estava no BO, que ele teria que ir até a delegacia. Ele foi e deixou um recado com os policiais pro meu filho, que foi até a delegacia porque eu fui hospitalizada. Ele falou pros policiais que ia pagar os danos da moto, pra não ficar preocupado. Mas ele não quis saber se tinha hospital, se eu tinha um convênio, se eu precisava de alguma assistência, se meus filhos iam ter algum apoio. Afinal de contas, eu sou o chefe da casa.

E continua:

Estou aqui no hospital, sem assistência. Estou aqui na Santa Casa, internada. Até agora eu não tenho nenhuma resposta quando eu vou operar e qual seria o tipo de operação. Pra você ter ideia, eles fizeram um laudo meu na quarta-feira, que foi o dia do acidente, com ressonância magnética e tudo, mostrando todas as lesões que eu tive. E, até agora, o médico responsável pela cirurgia não se deu ao trabalho nem de olhar esse laudo. Lá na enfermagem consta que o médico responsável pela cirurgia ainda não olhou o meu laudo e está em espera. Eu quebrei cinco ossos da bacia, do meu lado esquerdo, com o fêmur. Não sei se o fêmur quebrou ou foi o encaixe da bacia no fêmur. Eu sei que foram cinco ossos. Eu queria um apoio dele, né, pra agilizar essa minha operação. Eu vou ficar jogada aqui até quando, quantos meses vou ficar jogada aqui? Eu trabalho por conta, não tenho marido, eu sou chefe da minha casa. Cada dia que eu fico aqui, eu não tô ganhando dinheiro. Cada dia que eu fico aqui, eu não consigo pagar minha água, a minha luz, a minha vida está parada. Eu trabalho com a moto, se eu não trabalhar, eu não como. E quanto tempo eu vou ficar assim, sem nenhuma renda, sem nenhum respaldo, sem nenhum cuidado médico, esperando o dia que eles resolverem lembrar que eu existo e fazer alguma coisa? Eu ganho por entrega que eu faço, não tenho nada fixo.

A motoqueira ainda completou que espera receber ajuda do ator após a cirurgia e durante a sua recuperação.

A minha profissão é motoqueira, eu não tenho outro jeito de ganhar o meu pão. Eu estava saudável, tava ganhando o meu dinheiro. Naquele dia, eu já tinha feito minhas entregas e tava indo pra casa com o meu dinheirinho, toda feliz que eu terminei antes do horário. E, agora, cada dia que passo parada, eu estou sem fazer o dinheiro que eu sempre fazia, todo dia. Eu tirava, em média mil ou mil e 200 por semana. Se eu ficar em casa dois meses, são oito semanas. Pô, faz a conta o quanto eu tô deixando de ganhar. E as minhas contas não vão parar de chegar. Eu preciso, sim, de ajuda até eu me recuperar e voltar a trabalhar. Eu não tenho registro, não tenho nada

Em nota, Lima Duarte declarou:

Após a colisão, imediatamente prestei os devidos socorros à motociclista e aguardei a chegada da polícia. A minha prioridade foi garantir que a motociclista recebesse a assistência necessária e que a situação fosse tratada com a maior seriedade possível.

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Lima Duarte atropela motoqueira; vítima quebrou cinco ossos e está internada

Lima Duarte atropela motoqueira; vítima quebrou cinco ossos e está internada

28/Abr/

Lima Duarte, de 92 anos de idade, se envolveu em um grave acidente de trânsito na última quarta-feira, dia 1º. Apesar de não ter sofrido ferimentos, o ator acabou machucando uma motoqueira, que quebrou cinco ossos e segue internada no hospital. Tudo aconteceu na avenida Antártica, em São Paulo.

Segundo informações do jornal O Dia, a vítima alega ter sido atingida pelo carro do ator e então arrastada pelo asfalto. A mulher, que foi identificada como Simone, disse que Lima contou uma história totalmente diferente para as autoridades. 

Eu caída no chão ouvi ele contar uma história completamente contrária falando que eu tinha ido com a moto para cima dele, sendo que qualquer laudo prova que ele bateu na minha moto e saiu arrastando. Muitas pessoas viram, mas só que todos foram embora, porque estavam no ponto de ônibus e seguiram seus caminhos. Não tinha ninguém do meu lado para me ajudar. Até as pessoas próximas estavam mais preocupadas em tirar foto com ele.

A vítima sofreu ferimentos na bacia e precisará passar por um procedimento cirúrgico. Em conversa com a colunista Fábia Oliveira, ela relatou como tudo aconteceu:

Eu tava na Avenida Antártica, antes de atravessar a ponte, logo quando sai da Marquês de São Vicente. Eu tava vindo na faixa direita, sem ser a do corredor de ônibus, não tinha nenhum carro na minha frente, não tinha trânsito no horário, eu tava vindo de boa. Antes de eu atravessar a ponte, eu ouvi o pessoal do ponto gritando: Não moço, não. Quando eu olhei pro meu lado esquerdo, tinha um carro me ultrapassando numa velocidade bem maior do que a que eu estava com a moto. Mas ele me ultrapassou raspando em mim, me levando junto. Ele não estava no espaço suficiente pra passar do meu lado. Então, eu olhei o carro já estava pegando no meu braço, na minha moto, me atropelando mesmo. O guidão da minha moto prendeu no retrovisor desse carro e a minha moto foi jogada pro chão. Eu rodei umas três vezes no chão com a moto, depois a moto escorregou, eu fiquei. E quando eu olhei, lá na frente, o carro tinha estacionado, parou e era o ator Lima Duarte. Ele veio, falou pra que eu ficasse, chegaram os cara da CET, Polícia Militar, eu fiquei esperando resgate.

Simone ainda disse que Lima queria deixar o local após o ocorrido:

Ele queria ir embora, os policiais não deixaram porque falaram que eu estava no BO, que ele teria que ir até a delegacia. Ele foi e deixou um recado com os policiais pro meu filho, que foi até a delegacia porque eu fui hospitalizada. Ele falou pros policiais que ia pagar os danos da moto, pra não ficar preocupado. Mas ele não quis saber se tinha hospital, se eu tinha um convênio, se eu precisava de alguma assistência, se meus filhos iam ter algum apoio. Afinal de contas, eu sou o chefe da casa.

E continua:

Estou aqui no hospital, sem assistência. Estou aqui na Santa Casa, internada. Até agora eu não tenho nenhuma resposta quando eu vou operar e qual seria o tipo de operação. Pra você ter ideia, eles fizeram um laudo meu na quarta-feira, que foi o dia do acidente, com ressonância magnética e tudo, mostrando todas as lesões que eu tive. E, até agora, o médico responsável pela cirurgia não se deu ao trabalho nem de olhar esse laudo. Lá na enfermagem consta que o médico responsável pela cirurgia ainda não olhou o meu laudo e está em espera. Eu quebrei cinco ossos da bacia, do meu lado esquerdo, com o fêmur. Não sei se o fêmur quebrou ou foi o encaixe da bacia no fêmur. Eu sei que foram cinco ossos. Eu queria um apoio dele, né, pra agilizar essa minha operação. Eu vou ficar jogada aqui até quando, quantos meses vou ficar jogada aqui? Eu trabalho por conta, não tenho marido, eu sou chefe da minha casa. Cada dia que eu fico aqui, eu não tô ganhando dinheiro. Cada dia que eu fico aqui, eu não consigo pagar minha água, a minha luz, a minha vida está parada. Eu trabalho com a moto, se eu não trabalhar, eu não como. E quanto tempo eu vou ficar assim, sem nenhuma renda, sem nenhum respaldo, sem nenhum cuidado médico, esperando o dia que eles resolverem lembrar que eu existo e fazer alguma coisa? Eu ganho por entrega que eu faço, não tenho nada fixo.

A motoqueira ainda completou que espera receber ajuda do ator após a cirurgia e durante a sua recuperação.

A minha profissão é motoqueira, eu não tenho outro jeito de ganhar o meu pão. Eu estava saudável, tava ganhando o meu dinheiro. Naquele dia, eu já tinha feito minhas entregas e tava indo pra casa com o meu dinheirinho, toda feliz que eu terminei antes do horário. E, agora, cada dia que passo parada, eu estou sem fazer o dinheiro que eu sempre fazia, todo dia. Eu tirava, em média mil ou mil e 200 por semana. Se eu ficar em casa dois meses, são oito semanas. Pô, faz a conta o quanto eu tô deixando de ganhar. E as minhas contas não vão parar de chegar. Eu preciso, sim, de ajuda até eu me recuperar e voltar a trabalhar. Eu não tenho registro, não tenho nada

Em nota, Lima Duarte declarou:

Após a colisão, imediatamente prestei os devidos socorros à motociclista e aguardei a chegada da polícia. A minha prioridade foi garantir que a motociclista recebesse a assistência necessária e que a situação fosse tratada com a maior seriedade possível.