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Publicada em 30/04/2021 às 13:52 | Atualizada em 30/04/2021 às 13:59

Ingrid Guimarães revela ter sofrido abortos espontâneos enquanto trabalhava: - Chorava de manhã e à tarde tinha de filmar comédia

A atriz abriu o jogo sobre tentativas frustradas de engravidar, além de ser humorista em um meio predominantemente masculino

Da Redação

Divulgação

Um dos grandes nomes da comédia brasileira, Ingrid Guimarães abriu o jogo sobre a vez em que sofreu abortos enquanto estava trabalhando. Hoje mãe de Clara, fruto de seu relacionamento com Renê Machado, a atriz explicou que nunca antes havia falado abertamente sobre o assunto. 

Em entrevista para a Época, Ingrid começou falando sobre o quão raro era para uma mulher, humorista, protagonizar um longa, como De Pernas Para o Ar, filme de 2010:

- A maioria das protagonistas era atriz de novela. Os comediantes estavam começando a protagonizar filmes de comédia. Lembro de matérias que apresentavam a nova cara do cinema popular brasileiro: era eu, o Bruno Mazzeo, o Leandro Hassum, o Fábio Porchat e o Paulo Gustavo. Só eu de mulher. Diziam que o Paulo fazia humor de personagem, o Hassum um humor físico, o Fábio mais da palavra e que o meu humor era feminino. Como se fosse uma coisa filme de mulherzinha. Hoje, vejo como foi importante um filme que falava sobre uma mulher, com uma comediante protagonizando e falando sobre sexo, orgasmo, prazer, casamento, sem ser de um lugar estereotipado. Vejo também a importância de ter tido uma produtora mulher como a Mariza Leão, que me esperou parir e fez um set para minha filha de três meses. Eu levava a bebê, a babá, minha mãe e amamentava de três em três horas. Como o set é muito masculino, os homens ficavam meio: Pô, vai parar?. E eu amamentando com um monte de vibrador em volta [risos].

Em seguida, abriu o jogo sobre as perdas que sofreu:

- E assim foi toda a minha carreira, em meio a outras tentativas de engravidar. Todas frustradas. Na maioria das vezes que engravidei depois e perdi, eu estava filmando. Tinha uma cena importante para fazer, chorava de manhã e à tarde tinha de filmar comédia. Não queria que as pessoas soubessem. Fiz filmes grávida que ninguém soube, perdia o neném no meio. Não sabiam que, naquele momento da filmagem, eu tinha acabado de perder. É algo que nunca contei, que guardo todos estes anos. Vejo mulheres que esconderam a gravidez na pandemia e fazem Zoom focado na parte de cima do corpo para não perder trabalho.

A atriz ainda falou sobre o amigo, Paulo Gustavo, que está lutando contra o coronavírus:

- Hoje [terça-feira 19] é o primeiro dia em que estou botando um batom, conseguindo falar como se fosse vida normal. Há um mês, considero minha vida suspensa. Fiquei muito grudada no Paulo na pandemia. Somos da madrugada e nos falávamos todo dia. Ri muito com ele. A gente estava sem nada para fazer e falava merda o dia inteiro. Esse homem conseguiu o que política nenhuma conseguiu, unir esquerda, direita, centro. Risada não tem partido. Todo mundo torce por ele, um símbolo da alegria brasileira, do popular, da mãe. É um gigante num momento em que a arte está tão deixada de lado, num momento em que estamos sendo colocados no lugar de vilão por esse gabinete do ódio. O Paulo é muito mais que um amigo internado, representa a sobrevivência da alegria neste país. Temos um grupo de oração entre amigos que reza todos os dias, chamo de tropa de choque. Ele melhora, piora, e a gente não perde a fé.

A entrevista para a Época foi ao ar nessa sexta-feira, dia 30, e o estado de saúde de Paulo Gustavo continua crítico.

Logo abaixo, relembre as famosas que são exemplos de superação após abortos espontâneos:


Courteney Cox, a Monica de Friends, sofreu um aborto enquanto gravava a série, mais precisamente no período da história em que Rachel, vivida por Jennifer Aniston, estava dando à luz Emma, sua primeira filha: - Eu lembro de uma vez em que sofri um aborto e Rachel estava dando à luz. Foi, tipo, ao mesmo tempo. Meu Deus, que terrível ter que ser engraçada, declarou a NBC News.

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Ingrid Guimarães revela ter sofrido abortos espontâneos enquanto trabalhava: <i>- Chorava de manhã e à tarde tinha de filmar comédia</i>

Ingrid Guimarães revela ter sofrido abortos espontâneos enquanto trabalhava: - Chorava de manhã e à tarde tinha de filmar comédia

A atriz abriu o jogo sobre tentativas frustradas de engravidar, além de ser humorista em um meio predominantemente masculino

30/Abr/2021

Da Redação

Um dos grandes nomes da comédia brasileira, Ingrid Guimarães abriu o jogo sobre a vez em que sofreu abortos enquanto estava trabalhando. Hoje mãe de Clara, fruto de seu relacionamento com Renê Machado, a atriz explicou que nunca antes havia falado abertamente sobre o assunto. 

Em entrevista para a Época, Ingrid começou falando sobre o quão raro era para uma mulher, humorista, protagonizar um longa, como De Pernas Para o Ar, filme de 2010:

- A maioria das protagonistas era atriz de novela. Os comediantes estavam começando a protagonizar filmes de comédia. Lembro de matérias que apresentavam a nova cara do cinema popular brasileiro: era eu, o Bruno Mazzeo, o Leandro Hassum, o Fábio Porchat e o Paulo Gustavo. Só eu de mulher. Diziam que o Paulo fazia humor de personagem, o Hassum um humor físico, o Fábio mais da palavra e que o meu humor era feminino. Como se fosse uma coisa filme de mulherzinha. Hoje, vejo como foi importante um filme que falava sobre uma mulher, com uma comediante protagonizando e falando sobre sexo, orgasmo, prazer, casamento, sem ser de um lugar estereotipado. Vejo também a importância de ter tido uma produtora mulher como a Mariza Leão, que me esperou parir e fez um set para minha filha de três meses. Eu levava a bebê, a babá, minha mãe e amamentava de três em três horas. Como o set é muito masculino, os homens ficavam meio: Pô, vai parar?. E eu amamentando com um monte de vibrador em volta [risos].

Em seguida, abriu o jogo sobre as perdas que sofreu:

- E assim foi toda a minha carreira, em meio a outras tentativas de engravidar. Todas frustradas. Na maioria das vezes que engravidei depois e perdi, eu estava filmando. Tinha uma cena importante para fazer, chorava de manhã e à tarde tinha de filmar comédia. Não queria que as pessoas soubessem. Fiz filmes grávida que ninguém soube, perdia o neném no meio. Não sabiam que, naquele momento da filmagem, eu tinha acabado de perder. É algo que nunca contei, que guardo todos estes anos. Vejo mulheres que esconderam a gravidez na pandemia e fazem Zoom focado na parte de cima do corpo para não perder trabalho.

A atriz ainda falou sobre o amigo, Paulo Gustavo, que está lutando contra o coronavírus:

- Hoje [terça-feira 19] é o primeiro dia em que estou botando um batom, conseguindo falar como se fosse vida normal. Há um mês, considero minha vida suspensa. Fiquei muito grudada no Paulo na pandemia. Somos da madrugada e nos falávamos todo dia. Ri muito com ele. A gente estava sem nada para fazer e falava merda o dia inteiro. Esse homem conseguiu o que política nenhuma conseguiu, unir esquerda, direita, centro. Risada não tem partido. Todo mundo torce por ele, um símbolo da alegria brasileira, do popular, da mãe. É um gigante num momento em que a arte está tão deixada de lado, num momento em que estamos sendo colocados no lugar de vilão por esse gabinete do ódio. O Paulo é muito mais que um amigo internado, representa a sobrevivência da alegria neste país. Temos um grupo de oração entre amigos que reza todos os dias, chamo de tropa de choque. Ele melhora, piora, e a gente não perde a fé.

A entrevista para a Época foi ao ar nessa sexta-feira, dia 30, e o estado de saúde de Paulo Gustavo continua crítico.

Logo abaixo, relembre as famosas que são exemplos de superação após abortos espontâneos: