Política

Sem acordo, servidores do Judiciário Federal permanecem de braços cruzados no Estado

A decisão de retornar aos postos de trabalho poderia ter sido deliberada nesta sexta, caso os servidores chegassem a um acordo sobre outra forma de mobilização, o que não aconteceu

Servidores das Justiças Federal, do Trabalho e Eleitoral permanecerão de braços cruzados Foto: Divulgação

Sem a aprovação do plano de carreira e reajuste no Congresso Nacional, os servidores da Justiça Federal, o que inclui serventuários da Justiça Eleitoral, Justiça do Trabalho e Justiça Federal, permanecerão em greve até o dia 30. A decisão foi tomada na semana passada, em assembleia geral.

A decisão de retornar aos postos de trabalho poderia ter sido deliberada nesta sexta-feira (19), caso os servidores chegassem a um acordo sobre outra forma de mobilização, o que não aconteceu. 

Em votação unânime entre os que participaram da assembleia realizada pelo Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal no Espírito Santo (Sinpojufes), em frente ao prédio da Justiça Eleitoral, na Praia do Suá, em Vitória, os servidores decidiram permanecer de braços cruzados.

Atualmente são 1.200 servidores em todo o Estado que deixarão de trabalhar.

“A partir de segunda-feira (22), os servidores ficarão na frente das instituições onde atuam, conscientizando as pessoas sobre a importância do movimento. Não vamos fazer piquete e impedir ninguém de trabalhar. Optaremos por um trabalho de convencimento, porque precisamos que a nossa categoria seja valorizada e reconhecida. Estamos há nove anos lutando por recomposição salarial. Os servidores do Judiciário ganham até 50% menos do que os servidores do Executivo, mesmo tendo formação equivalente”, destacou o diretor administrativo do Sinpojufes, Silvio Moreira Filho.

A greve atingirá todo o Espírito Santo, incluindo as repartições do Judiciário Federal na Grande Vitória e no interior, o que deverá afetar a realização de audiências a atendimento ao público, setores de protocolo e cartórios eleitorais, entre outros. 

“Queremos deixar claro, que vamos garantir que o jurisdicionado não seja prejudicado. Os plantões serão mantidos, sem prejuízo das medidas de urgência. Na próxima segunda, um grupo de servidores que formam o comando de greve vai se reunir com as administrações dos tribunais, para que sejam definidos os serviços prioritários que serão mantidos, obedecendo à cota de 30% exigida por lei”, explicou Silvio.

Uma nova assembleia deverá acontecer no dia 30 de junho, quando os servidores deliberarão sobre os rumos do movimento. A data foi marcada para o dia em que o presidente do Senado, Renan Calheiros, disse que votará o projeto de recomposição dos servidores do Poder Judiciário.

O movimento de greve dos servidores do Judiciário Federal é nacional, porém os serventuários da Justiça do Tocantins e do Mato Grosso do Sul não estão com as atividades paralisadas.

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