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UTIs móveis do Samu terão medicamento trombolítico para vítimas de infarto, no Ceará

12 de abril de 2017 às 08:28

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A partir de agora, 20 unidades de Suporte Avançado (UTIs Móveis) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) disponibilizarão medicamento trombolítico pré hospitalar para vítimas de infarto agudo do miocárdio. Antes disponível em projeto-piloto em dez UTIs móveis, o trombolítico alcançará 129 municípios contemplados por atividades do Samu.

Nesta terça-feira (11), o governador Camilo Santana participou, na sede do Samu, no Eusébio, da solenidade de implantação do medicamento, inédito em âmbito estadual. Foram treinados 300 profissionais da saúde para realização do procedimento, envolvendo 40 médicos. A expectativa é de que a incorporação do trombolítico reduza em 17% o número de óbitos por infarto.

Ao longo de 2016, muitos dos casos de atendimento do Samu foram em decorrência de problemas cardiovasculares. Segundo a Secretaria da Saúde, no ano passado, os casos de infarto agudo do miocárdio atendidos no Ceará chegaram a 3.949, 7,65% do total de atendimentos do Samu nos 12 meses (51.573).

"Doenças cardiovasculares são as que mais matam no Ceará e que mais exigem internamento hospitalar. Se não houver uma identificação e atendimento mais rápidos, por vezes deixa muitas sequelas nos pacientes. O que buscamos é garantir um trabalho mais rápido e eficiente no socorro, através do Samu, com a aplicação do trombolítico a partir de recomendação médica e prognóstico identificado dentro da própria ambulância. Isso vai salvar mais vidas. E o Ceará traz também este marco de ser o primeiro do País, em nível estadual, a implantar a ação", afirmou o governador.

Infarto


O infarto agudo do miocárdio ocorre quando a artéria que irriga o coração sofre obstrução. O sangue não consegue levar oxigênio para o coração e o músculo cardíaco entra em necrose (morre). O medicamento trombolítico desfaz a obstrução e a circulação no coração volta a acontecer, interrompendo o infarto. O ataque cardíaco é uma ocorrência grave, que está entre as principais causas de morte no Brasil e no mundo. No entanto, quanto mais rápido o atendimento médico, maiores serão as chances de sobrevida.

"Essa é a doença que mais mata no mundo. Ela é ocasionada pelo entupimento de uma das artérias do coração, e é muito importante que essa oclusão seja resolvido o mais rápido possível. Quanto mais tempo demorar entre a obstrução da artéria e a sua desobstrução, maior a mortalidade. A aplicação do medicamento dentro da ambulância evita consequências pelo retardo do trânsito, na locomoção até o hospital, pois já no caminho a obstrução vai sendo desfeita", explica o médico cardiologista do Hospital de Messejana, Alexandre Karbage.