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Romaria de Finados reúne 300 mil pessoas em Juazeiro do Norte

02 de novembro de 2019 às 08:09

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A aposentada Elza Barros, 76, mesmo na cadeira de rodas, viajou da aldeia indígena pankararu, entre os municípios de Tacaratu e Petrolândia, em Pernambuco, para visitar o túmulo do Padre Cícero neste dia 2 de novembro. A romeira veio agradecer por estar melhor de um problema na perna. "Não aguentava assentar o pé no chão, gritando de dor", conta, sem detalhar a doença.

O sentimento da devota é parecido com o de outras milhares de pessoas que viajaram até Juazeiro do Norte para participar da Romaria de Finados que, em uma semana, reuniu cerca de 300 mil católicos que consideram a cidade como uma "nova Jerusalém" no sertão nordestino. Diferente das outras romarias, a característica desta celebração é a espacialidade. Os visitantes se espalham por diversos bairros e formam grandes feiras livres a céu aberto.

"O romeiro faz seu caminho, já que considera a cidade um grande santuário", define o padre Cícero José da Silva, pároco da Basílica de Nossa Senhora das Dores.

Porém, o grande alvo desta devoção é o túmulo do Padre Cícero dentro da Capela do Perpétuo Socorro - templo que o próprio sacerdote construiu. É lá que centenas de romeiros se espremem para ficar mais próximos do local onde estão os restos mortais do "padrinho".

Muitos, sem conter a emoção, choram aos seus pés. Além disso, os devotos levam diversos objetos para tocar sua sepultura, como terços, quadros, carteiras, chaves, estátuas, medalhas, chapéus.

Hoje (2), duas celebrações emocionantes marcam a despedida dos devotos. A primeira missa, pela manhã, reúne milhares de fiéis no largo da Capela do Socorro.

Estima-se que, só neste sábado, 100 mil pessoas visitem o túmulo do fundador de Juazeiro do Norte. Mais tarde, ao meio-dia, a tradicional bênção dos chapéus finaliza os festejos na Basílica de Nossa Senhora das Dores.