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Paciente morre em Fortaleza um dia antes de obter vaga em leito garantida pela Justiça

30 de março de 2019 às 08:57

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Mais de 15 mil pacientes buscaram a Justiça, em Fortaleza, para ter acesso a medicamentos, vagas em leitos de terapia intensiva, tratamentos de alta complexidade e outros serviços relativos à saúde pública, entre 2017 e fevereiro deste ano. Só em 2019, já são 1.181 atendimentos no Núcleo de Defesa da Saúde (Nudesa) da Defensoria Pública Geral do Estado. Em um dos casos, o aposentado Antônio Dionísio de Sousa, 62, morreu um dia antes de obter a vaga em um leito, após uma batalha judicial.

Judicializar um pedido para garantir um direito básico e constitucional foi a alternativa encontrada por Maria Claudiana, 39, filha de Dionísio de Sousa, morto em janeiro deste ano, após espera por um leito público de UTI. Em tratamento de um problema no fígado e à espera de um transplante, Dionísio ficou internado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da capital cearense por uma semana. E não houve tempo para ser transferido.

A liminar judicial que obrigava o Estado a garantir a transferência do paciente a um leito de UTI, solicitada por meio da Defensoria Pública, foi concedida em cerca de 24 horas – mas somente depois de três dias o Estado cumpriu, intervalo em que Antônio Dionísio faleceu.