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Núcleo de Busca e Salvamento dos Bombeiros comemora 17 anos

01 de abril de 2017 às 09:35

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A cena correu o mundo. Enquanto uma mulher sobe o parapeito da janela, em um apartamento, um bombeiro vai se posicionando, na janela imediatamente superior. Ela então se senta e começa a olhar para o abismo. É quando o militar desce, com a ajuda de um cabo, e usa os dois pés para empurrar a suicida para dentro do cômodo, sob gritos de alegria da multidão que assistia, apreensiva, ao desdobramento das ações.

A manobra executada pelo Sargento Daniel, com a ajuda do Subtenente Claudino e do Sargento Carneiro, sob o comando do Major Osvaldo, é um exemplo das estratégias empregadas cotidianamente pelos bombeiros do Núcleo de Busca e Salvamento (NBS) para cumprir um vasto leque de missões. Criado há 17 anos, o NBS funciona hoje como o maior braço operacional do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (CBMCE) fora da área de combate a incêndio.

“A Constituição do Estado do Ceará, no artigo 190, estabelece as incumbências do Corpo de Bombeiros, no âmbito estadual. Além da coordenação da defesa civil, ela determina outros sete grandes grupos de atividades que cabem aos bombeiros militares. Toda a parte de proteção, busca e salvamento, terrestre e aquático, é de nossa responsabilidade e se concentra no NBS”, explica o Coordenador Operacional do CBMCE, Coronel William Lopes.

Todos os dias, pela manhã, três guarnições diferentes, compostas por quatro ou cinco servidores, cada, assumem o serviço para um plantão de 24 horas. Esse rito de passagem ocorre na própria sede do NBS, à Avenida Presidente Castelo Branco. As guarnições têm viatura própria e diferentes áreas de atuação. “Por muitos anos, tínhamos no NBS apenas o Salv 1. Com o tempo, o Salv 2, que era do Mucuripe, passou a ser também nossa responsabilidade. E, de uns dois anos pra cá, o Salv 5, do Conjunto Ceará, passou para a nossa tutela. Todos exercendo as mesmas funções de salvamento, busca e resgate, mas espalhados geograficamente: Salv 1 no NBS, o Salv 2 no Cambeba e o Salv 5 no Conjunto Ceará, de forma a garantir mais rapidez na resposta ao chamado”, esclarece o Tenente-Coronel Holdayne, Comandante do NBS.

Assumidos os postos, é hora de verificar as condições das viaturas e dos equipamentos de trabalho. Na chamada “conferência de material”, tudo é verificado e testado, de forma que todas as guarnições fiquem cientes das condições de uso dos instrumentos disponíveis para o trabalho. Finda essa etapa, o ritmo do serviço é absolutamente imprevisível. A comodidade dos alojamentos pode servir de guarida para os bombeiros até a manhã do dia seguinte, caso nenhum chamado da Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (CIOPS) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) acione as guarnições. Mas um dia sem ocorrências é antes exceção do que regra. “Nós atendemos a solicitações de condução de paciente psiquiátrico, resgate de cadáver, resgate de pessoas perdidas, corte de árvores em perigo de queda iminente, resgate de animais, perigo de ataque de insetos… É tanta coisa que se torna bem difícil passar 24 horas sem sermos acionados!”, garante o 1o Tenente Cidreira, um dos oficiais que assumem regularmente o comando do Salv 2.