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Nove pessoas morreram e até 355 estão desaparecidas em Brumadinho

26 de janeiro de 2019 às 09:21 - Atualizado em 26/01/2019 09:23

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O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais divulgou na madrugada deste sábado (26) que ao menos nove pessoas morreram no rompimento de uma barragem da mineradora Vale na manhã de sexta (25) em Brumadinho, a cerca de 60 km de Belo Horizonte, na região metropolitana. As vítimas, retiradas debaixo da lama despejada com os rompimentos, ainda não foram identificadas. 

Foram resgatadas com vida 189 pessoas, mas os bombeiros estimam entre 265 e 355 o número de pessoas desaparecidas: entre 100 e 150 na área administrativa situada nas proximidades da barragem que rompeu; 30 na região da Vila Ferteco; aproximadamente 35 na Pousada Nova Estância; e entre 100 e 140 na região do parque das cachoeiras.

A corporação divulgou uma lista com os nomes de 182 pessoas que foram resgatadas com vida (faltam sete) e das que foram encaminhadas a hospitais após o rompimento da barragem.

"No momento a grande medida é ver sobreviventes, e informar às famílias dos atingidos", afirmou o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), em nota. O governador está na cidade atingida acompanhado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

De acordo com o governo mineiro, a Vale informou às autoridades que, no momento do desastre, havia 427 empregados da empresa no local. Ao todo, 279 foram localizados e não correm perigo, e cerca de 150 funcionários são considerados desaparecidos. 

Pelo menos 22 pessoas foram encaminhadas para unidades de saúde da região metropolitana de Belo Horizonte.

Cem bombeiros estão trabalhando no resgate às vítimas. O governo do estado informou que "dezenas de helicópteros" do estão envolvidos na busca por sobreviventes.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) lamentou a tragédia e também anunciou o direcionamento de autoridades para Minas Gerais. O presidente ainda informou que sobrevoará a região atingida na manhã deste sábado (26) acompanhado do governador de Minas, Romeu Zema (Novo), e do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ainda não está definido se Bolsonaro descerá ao solo na região atingida. A primeira-dama Michelle Bolsonaro também participará da comitiva.

Três anos e meio após Mariana

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O caso de Brumadinho acontece três anos e dois meses após o rompimento de uma barragem da Samarco em um distrito de Mariana, também em Minas Gerais. A Vale é uma das controladoras da Samarco. Dezenove pessoas morreram na ocasião e milhares perderam as casas em função do vazamento de 40 bilhões de litros de lama.

Segundo o site da mineradora Vale, a barragem principal que rompeu nesta sexta-feira tinha capacidade de 12,7 milhões de metros cúbicos. Para efeito de comparação, a barragem da Samarco, operada pela Vale com a australiana BHP, tinha 50 milhões de metros cúbicos de rejeitos. 


Com informações do UOL