TVJ1.com.br

Regionais



PUBLICIDADE

{}

Menina agredida em escola do Ceará teve que alisar cabelo para evitar bullying

09 de julho de 2019 às 09:27

undefined

 

Os cabelos cacheados de Maria Eduarda, 12, tornaram-se lisos quando a menina tinha ainda quatro anos. A mudança, segundo a mãe, Neurilane Sampaio, foi uma forma de apaziguar as chacotas que faziam com a garota no ambiente escolar. "Ela chegava em casa chorando porque as meninas ficavam brincando com ela, diziam que ela tinha cabelo ruim", desabafa a mãe. Maria Eduarda sofreu agressões verbais e físicas em escolas de Fortaleza.

"Em casa, a gente dizia que o cabelo dela era bonito, mas na idade dela conta muito ir para o colégio, e as crianças ficarem falando mal", conta Neurilane. Como a garota, quase metade (48%) dos estudantes da capital cearense não se sentem protegidos dentro da escola, de acordo com a pesquisa Infância [Des]Protegida, da organização não governamental (ONG) Visão Mundial.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Educação de Fortaleza (SME), responsável pelos alunos até o 9º ano, informou que promove uma política de proteção à criança e ao adolescente por meio do trabalho da Célula de Mediação Social e Cultura de Paz da SME.

O grupo atua no fortalecimento da escola para a resolução de conflitos e pela disseminação da cultura de paz. Conforme a SME, o trabalho preventivo é realizado com a Célula de Segurança Escolar, que atua em ação conjunta com a Inspetoria de Segurança Escolar da Guarda Municipal (ISE) e a Secretaria Municipal da Segurança Cidadã.

O estudo da Visão Mundial revela que, quanto maior a idade, menor é a chance de os jovens se sentirem seguros. A pesquisa foi realizada com 3.814 estudantes de 9 a 17 anos, do 5º ao 9º ano do Ensino Fundamental, em 67 escolas de ensino público de Fortaleza, Salvador, Recife; Nova Iguaçu (RJ); Canapi e Inhapi (AL); e Governador Dix-Sept Rosado (RN).