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Laboratório que deveria atender 17 cidades está abandonado há 7 anos em Limoeiro do Norte

18 de maio de 2018 às 11:26 - Atualizado em 18/05/2018 11:31

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Fachada do laboratório (Imagem: Google Street View)

Em meados de 2010 a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) por entender que a garantia da qualidade da água fornecida é primordial para a promoção da saúde, firmou uma parceria com a prefeitura de Limoeiro do Norte para implantar no município um dos 15 laboratórios regionais de controle da qualidade da água que seriam construídos no país.

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Placa da obra, que atualmente já nem existe mais (Imagem: Googl Street View)

Com investimentos de R$ 1,6 milhão, cerca de 17 municípios estavam associados no consórcio intermunicipal e com fomento da Funasa para instalação deste laboratório, o que na época, 2010, correspondia à uma população de quase 700 mil habitantes. Dos 15 laboratórios previstos, 5 seriam no Nordeste e apenas Limoeiro do Norte no Ceará.

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Localização espacial dos 15 laboratórios e centros de referências

A obra foi iniciada em outubro de 2010 tendo à frente a empresa Eletronor Construções Ltda, a qual executaria o serviço de construção em 120 dias, porém, devido atrasos apenas em 2012 foi concluído. Desde lá, o prédio, que fica vizinho à Justiça Federal, segue sofrendo os efeitos do tempo e de nada serve à população.

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(Imagem de satélite: Google Maps)

As ações que seriam desenvolvidas no controle da qualidade da água deveriam além de identificar, buscar formas de evitar ou eliminar as causas reais ou potenciais que possam comprometer direta ou indiretamente a potabilidade da água fornecida e os riscos à saúde advindos de inadequações na água potável.

A implantação desse laboratório poderia auxiliar para que essas ações sejam realizadas de forma planejada e para que a gestão desses serviços seja eficiente, contribuindo para que seja distribuída água com qualidade para a população e a legislação vigente seja cumprida.

Laboratório supercompleto

Com cerca de 1.000 M² de área construída, o laboratório de Limoeiro do Norte é do tipo AC 3 (alta complexidade), o mais completo, onde exige equipamentos de alto investimento, contratação de pessoal altamente qualificado, serviço de manutenção eficiente, além de um custo elevado em insumos.  

Ele é equipado com espectrofotômetro de absorção atômica, cromatógrafo a gás e HPLC (High Performance/Pressure Liquide Chromatography). Possui capacidade para realização de análise parâmetros de controle da eficiência operacional, como pH, cloro residual, turbidez, cor e flúor (análises físicoquímicas). Também as análises de coliformes e contagem de bactérias heterotróficas (análises físico-químicas e bacteriológicas). Metais pesados determinados por espectrofotometria de absorção atômica ou parâmetros orgânicos e agrotóxicos que são determinados por cromatografia estão dentro dos serviços.

Neste tipo de laboratório seria possível a realização de todos os parâmetros estabelecidos na Portaria MS nº 518/2004 e na Resolução do CONAMA nº 357/2005.