TVJ1.com.br

Regionais



PUBLICIDADE

{}

Indústria do Ceará registra o pior resultado do País com recuo de 3%

10 de maio de 2017 às 08:12 - Atualizado em 10/05/2017 08:13

undefined

 

A sequência de variações negativas da atividade industrial cearense, observada desde janeiro, voltou a cair novamente, e com mais força, em março. Após registrar a menor das quedas no País, em fevereiro (-1%), o impacto mensal do setor chegou a -3,1%, a mais elevada de todo o País. Na comparação com março do ano passado, também a indústria cearense caiu mais intensamente, com -3,8% no índice mensal – a segunda queda do ano nessa análise, após fevereiro recuar 2,5%. As informações, divulgadas, ontem, constam da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento aponta que, com o novo resultado mensal negativo, após os ajustes sazonais, o índice de média móvel trimestral mostrou retração de 2,2% no primeiro trimestre de 2017, frente ao nível do mês anterior, cujo saldo acumulado era de 2,3% – ainda graças ao impulso de dezembro, que teve alta mensal de 12,4%. Segundo o IBGE, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, terminados em março – ao passar de -3,3%, em fevereiro, para -2,7% –, prosseguiu com a redução na magnitude de queda iniciada em junho último (-9,1%). Nessa análise, o Ceará subiu do nono para o quinto lugar em queda, entre as 14 regiões pesquisadas.

Comportamento

O levantamento aponta que, no acumulado entre janeiro e março – sobre igual período de 2016 –, seis dos 11 ramos pesquisados apontaram queda no Ceará. Entre as reduções, estão coque, produtos derivados de petróleo e biocombustíveis (-32,0%); bebidas (-16%); produtos de metal (-45,2%); produtos de minerais não-metálicos (-13,4%); e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-12,2%). Por outro lado, o impacto positivo mais importante veio do setor de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (9,6%). Segundo o IBGE, o segmento foi impulsionado, em grande medida, pela maior fabricação de calçados femininos de plástico moldado e couro, além de tênis de material sintético.

Em seguida, ainda quanto às elevações, aparecem produtos alimentícios (4,5%); e produtos têxteis (16,3%), explicados, sobretudo, pela maior produção de farinha de trigo; e de fios de algodão retorcidos e tecidos de algodão tintos ou estampados, respectivamente.

Balanço

No País, contrariando o avanço de 0,1% em fevereiro, houve queda mensal de 1,8%, devido às quedas em sete dos 14 locais pesquisados pelo IBGE, na comparação com fevereiro último. As maiores retrações foram registradas em Santa Catarina (-4%) – que interrompeu quatro meses consecutivos de taxas positivas e que acumularam expansão de 7% –, Paraná (-2,9%), Minas Gerais (-2,8%) e Pará (-2,7%) com as maiores quedas, enquanto São Paulo (-1,7%), Rio Grande do Sul (-1,2%) e Espírito Santo (-0,7%) completaram o conjunto de locais que mostraram redução na produção nesse mês.

Para o período janeiro-março de 2017, frente a igual período do ano anterior, houve acréscimo na produção nacional (0,6%), observada em 12 dos 15 locais pesquisados. Os avanços mais acentuados ocorreram no Goiás (6,6%), Santa Catarina (5,2%), Rio de Janeiro (4,8%), Paraná (4,6%), Pernambuco (4,2%), Espírito Santo (4%) e Minas Gerais (3,6%), Rio Grande do Sul (1,9%), Amazonas (1,3%), Pará (0,6%), Mato Grosso (0,4%) e São Paulo (0,1%). Por outro lado, Bahia (-8,3%) e Região Nordeste (-2,5%), além do Ceará (-2,2%), foram as únicas exceções.

Conforme o IBGE, o maior dinamismo foi particularmente influenciado por fatores relacionados à expansão na fabricação de bens de capital (em especial aqueles voltados para o setor agrícola e para construção); de bens intermediários (minérios de ferro, petróleo, celulose, siderurgia, autopeças e derivados da extração da soja); de bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos da “linha branca” e da “linha marrom”); e de bens de consumo semi e não-duráveis (carnes de aves, bebidas, produtos têxteis e vestuário).