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Importação de camarão do Equador ainda gera preocupação no produtor cearense

09 de agosto de 2017 às 08:54 - Atualizado em 09/08/2017 08:55

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Para debater sobre os efeitos da importação de camarão no Ceará, o deputado Danilo Forte participou de reunião, na tarde desta terça-feira (8), com o Ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira. O encontro realizado em Brasília contou com a participação do presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Camarão (ABCC), Itamar de Paiva Rocha, e do presidente da Associação Cearense de Criadores de Camarão (ACCC), Cristiano Maia.

Parlamentar atuante no apoio ao setor carcinicultor, Danilo Forte chamou atenção para os documentos apresentados pela ABCC nos quais são apontados os efeitos negativos que podem ser gerados com a liberação da importação de camarão vindo do Equador para o Ceará. “Existem riscos sanitários e para a geração de empregos, tanto no contexto industrial como artesanal. Precisamos investir no nosso mercado, que tem potencial e carece de estímulos”, disse.

Itamar de Paiva destacou a necessidade da realização de uma Análise de Risco de Importação (ARI) antes da entrada do produto no país. “Não somos contra a importação, mas é necessário ficar atento às ameaças que isso pode oferecer aos produtores, consumidores e aos crustáceos nativos”, explica.

Já Cristiano Maia, revelou que em visitas a outros países exportadores de camarão “o Brasil é tido como ameaça por ter um enorme potencial de assumir a liderança do setor. Os produtores precisam apenas de segurança”, revela.

Ainda no encontro, os representantes das associações falaram das dificuldades enfrentadas com licenciamento ambiental, com o pouco apoio ao desenvolvimento de pesquisas, além da insegurança jurídica que dificulta a atração de novos investimentos.

O Ceará é um dos maiores produtores do crustáceo no país. O Estado produziu 76 mil toneladas de camarão em 2015, representando 65,7% da produção nacional. A economia pesqueira brasileira tem na exploração dos seus crustáceos (caranguejos, camarões e lagostas), a geração de emprego, renda e meios de subsistência para mais de 20 mil famílias, notadamente nas regiões Norte e Nordeste.