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'Desde quarta não chegou nenhuma mercadoria', diz presidente da associação de supermercados do Ceará

25 de maio de 2018 às 16:33 - Atualizado em 25/05/2018 16:33

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Um dos setores mais afetados pela paralisação dos caminhoneiros, os supermercados já estão sofrendo com o desabastecimento de alguns produtos, especialmente os perecíveis. Hortifrituigranjeitos, leite e derivados, carnes e massas estão entre os primeiros a faltar nas prateleiras e geladeiras.

“No meu supermercado, em um dia normal, recebo cerca de 20 caminhões de fornecedores, em outros – como véspera de fim de semana ou feriado -, recebo 60 caminhões. Desde quarta-feira (23) não chegou nenhuma mercadoria”, revela Gerardo Vieira Albuquerque, presidente da Associação Cearense de Supermercados (Acesu).

Paralisados há cinco dias, caminhoneiros de todo o país interditam estradas em protesto contra os seguidos aumentos do óleio diesel. Eles reivindicam redução de impostos sobre o preço do diesel, como PIS/Cofins e ICMS, e o fim da cobrança de pedágios dos caminhões que trafegam vazios nas rodovias federais concedidas à iniciativa privada.

Desabastecimento

E se o desabastecimento já está chegando aos produtos considerados duráveis – como enlatados – a situação se agrava quando se fala de hortifrutigranjeiros. “Os produtos que chegam à Ceasa de São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, por exemplo, estão apodrecendo nos caminhões".

"Além disso, mesmo que a paralisação termine imediatamente, vamos continuar um tempo sem esses produtos porque os produtores vão ficar em dúvida se devem, ou não, realizar a colheita, pois ainda fica a dúvida se os produtos vão chegar ao destino”, explica o empresário.

Por causa da incerteza quanto às entregas, muitos supermercados estão limitando a quantidade de produtos por cliente. “A tendência é piorar. Não tenho esperança de que o Governo Federal e os trabalhadores entrem em algum acordo nos próximos dias. Então, se alguém estiver precisando de algum produto é melhor comprar imediatamente, porque amanhã pode não encontrar”, alerta o presidente da Acesu.


G1