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Depois de quase 60 anos, Siderúrgica do Pecém, no Ceará, é inaugurada hoje

04 de abril de 2017 às 10:03

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Fato histórico para o Ceará. Hoje a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP) celebra início oficial de sua operação. Foram quase 60 anos tentando trazer siderúrgica para o Estado. Com investimento de US$ 5,4 bilhões, a empresa - das coreanas Dongkuk, Posco e a brasileira Vale - começou a operar parcialmente em junho do ano passado e já mostra seu peso na balança comercial do Estado. Em fevereiro deste ano, o Ceará vendeu para o exterior 116,8% a mais ante mesmo período de 2016.

São Gonçalo do Amarante, onde fica CSP, exportou 55% do total. Ferro fundido, ferro e aço foram os produtos mais representativos nas exportações do Ceará, com aumento de 22 mil pontos percentuais no período.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda não incluiu a empresa no calculo do Produto Interno Bruto (PIB), o que poderia ter minimizado o resultado negativo do Ceará, que apresentou retração de 5,33% no ano passado. A maior queda desde 2002, quando começou o levantamento.

A expectativa é que, em operação plena, a CSP represente 12% do PIB e 48% do PIB Industrial do Estado. A geração de empregos alcançará 12 mil diretos e indiretos. Ao O POVO, o governador Camilo Santana afirmou que hoje acontece a “concretização de um sonho”.

Eduardo Bezerra, superintendente do Centro Internacional de Negócios do Ceará (CIN) enxerga a CSP como incentivo para outras cadeias da indústria. Ao redor dela, outras 19 empresas foram formadas e prestam serviços para a empresa. “A CSP, 

além da destacada qualidade de suas placas de aço com alta competitividade no mercado mundial, é um forte vetor de atração para novos investimentos”, diz Marcus Borges, presidente-executivo da Associação das Empresas do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Aecipp). 

É uma âncora na atração de empresas para a Zona de Processamento de Exportação do Estado (ZPE). Além de movimentar fornecedores locais, de quem a empresa deve comprar R$ 520 milhões neste ano. Ricardo Cavalcante, diretor administrativo da Federação das Indústrias do Estado (Fiec), diz que mão de obra qualificada é marca da instalação da siderúrgica.

O Povo