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Defensoria Pública constata que Hospital Regional em Quixeramobim ainda não está funcionando

09 de dezembro de 2016 às 10:04 - Atualizado em 09/12/2016 09:03

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Após dois anos inaugurado, o Hospital Regional do Sertão Central, localizado em Quixeramobim, continua sem realizar atendimento à população.

Esta foi a constatação da inspeção realizada pelo Grupo de Trabalho (GT) da Saúde da Defensoria Pública Geral do Ceará, na manhã desta quinta-feira, 08.

O local, que prevê atendimento para cerca de 630 mil pessoas e tem abrangência a vinte municípios no Sertão Central, realizou apenas um procedimento ambulatorial nesta manhã.

De acordo com a defensora pública Beatriz Fonteles Gomes Pinheiro, integrante do GT de Saúde, “a estrutura é impecável, os equipamentos são de ponta e o hospital estava aberto. Havia cerca de 100 profissionais atuando como atendentes, enfermeiros, equipe do administrativo, mas não haviam médicos e nem pacientes durante o período que permanecemos lá. O que adianta todo esse aparato se não há atendimentos?”, questiona a defensora.

No dia 1º de dezembro, durante uma audiência pública realizada na comarca de Quixeramobim, ficou definido que o hospital deveria funcionar até o dia 09 deste mês, prazo que será encerrado nesta sexta-feira.

O equipamento foi concluído ainda na gestão do ex-governador Cid Gomes em dezembro de 2014, mas nunca foi aberto efetivamente para a população.

“Chegamos de surpresa, como estamos atuando em todas as unidades hospitalares, e o único médico presente na unidade era o diretor. Constatamos que para o Hospital funcionar seria necessário 1.600 profissionais, mas não tinha nem 10% desse número lá”, ressaltou o defensor público Guilherme Queiroz Maia Filho, também integrante do GT.

“Nossa primeira inspeção foi no Hospital Geral de Fortaleza e verificamos que um número expressivo de pacientes à espera de atendimento nos corredores do hospital eram do interior. Equipamentos como o Hospital Regional do Sertão Central, de alta complexidade, são necessários para desafogar as unidades da Capital e minimizar as filas por atendimento”, frisou Beatriz Fonteles.

Essa é a quinta inspeção do Grupo de Trabalho da Saúde da Defensoria Pública do Ceará, criado em junho deste ano para atuar em força tarefa com defensores preocupados com a crescente demanda nesta área, tanto na capital, como no interior.

No último dia 2 de dezembro, o grupo vistoriou o Hospital da Mulher, em Fortaleza. No dia 24 de novembro, o Hospital Regional de Iguatu foi vistoriado, sendo a primeira unidade do interior a receber a visita.

No dia 18 de novembro, os defensores visitaram o Hospital Geral César Cals, em Fortaleza, e diagnosticaram obras inacabadas. A primeira vistoria foi no dia 10 de novembro, quando o GT visitou o Hospital Geral de Fortaleza e verificou 97 pacientes sendo atendidos nos corredores.

O aumento na Defensoria Pública das denúncias de pacientes por todo o Estado que, sem conseguem acessar seus direitos mais básicos de acesso à saúde, gerou a necessidade dos defensores atuarem em atividades judiciais e extrajudiciais com o Estado e municípios em busca de soluções aos assistidos.

Todas as informações colhidas constarão em um relatório feito pelo GT e apresentado em uma audiência pública sobre a temática prevista para acontecer ao final das inspeções.

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