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Cearense trabalha quase 100 horas por mês para comprar uma cesta básica

De acordo com a pesquisa do Dieese divulgada neste mês, a capital cearense possui a 2ª cesta mais cara da região Nordeste

23 de julho de 2016 às 15:35

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Comprar produtos alimentícios em supermercados de Fortaleza tem deixado o bolso cada vez mais vazio. Isso porque o preço médio dos produtos que formam a cesta básica do cearense está com uma variação de pelo menos 12% no ano. Com os produtos mais caros e a alta necessidade de subsistência, o esforço para comprar esses produtos também aumentou.

De acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada no mês de julho pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o cearense tem que trabalhar 96 horas e 42 minutos no mês para poder comprar uma cesta básica mensal.

Tendo como exemplo uma pessoa que trabalha 44 horas semanais, ela precisará trabalhar duas semanas e um dia para poder comprar uma cesta básica em Fortaleza.

A análise do Dieese também apontou que a capital cearense possui a segunda cesta básica mais cara da região Nordeste do país, perdendo apenas para Teresina (PI). Enquanto os produtos em Fortaleza saem em média por R$ 386,78, na capital piauiense o valor sobe para R$ 395,69.

Ainda conforme o Dieese, para o trabalhador cearense adquirir uma cesta básica por mês é preciso desembolçar metade de um salário minimo. Segundo a pesquisa, o custo da cesta em Fortaleza comprometeu 47,7% do salário mínimo líquido (após os descontos previdenciários).

Variação de preços

Em junho, três alimentos tiveram aumento em todas as capitais: feijão, leite e manteiga. Em Fortaleza, os preços aumentaram 46,8%, 6,3% e 10,14%, respectivamente.

Com base na cesta mais cara do país, que foi a de São Paulo, e levando em consideração a determinação constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de um trabalhador e da família dele com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, o Dieese estima mensalmente o valor do salário mínimo necessário.

Em junho de 2016, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 3.940,24, ou 4,48 vezes o mínimo de R$ 880.

Tribuna do Ceará