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Ceará perde 4,1 mil postos de trabalho e tem pior fevereiro em 13 anos

Setores mais afetados no Ceará são comércio e indústria da transformação. Em todo o Brasil, foram fechadas 104 mil vagas de trabalho, diz Caged.

23 de março de 2016 às 10:51

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O Ceará perdeu 4.171 postos de trabalho no mês passado, no pior fevereiro do estado desde 2013. Em fevereiro de 2015, 2.027 postos formais haviam sido fechados.

O setor mais afetado no Ceará foi o de Comércio, com queda de 2.057 vagas; em seguida aparecem Indústria de Transformação (2.037 vagas fechadas), e Construção Civil (1.166).

Na série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, nos dois primeiros meses do corrente ano, houve decréscimo de 12.457 postos (-1,04%).

Ainda na série com ajustes, nos últimos 12 meses verificou-se redução de 3,17% no nível de emprego ou - 38.790 postos de trabalho.

Em todo o Brasil, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no mês passado as demissões superaram as contratações em 104.582 empregos.


Este foi o pior resultado do país para o mês de fevereiro desde o início da série histórica, em 1992, ou seja, em 25 anos. Até então, o maior número de demissões havia sido registrado em 1999 (78.030 vagas fechadas). Os números foram divulgados pelo Ministério do Trabalho nesta terça-feira (22).

Também foi o décimo primeiro mês seguido de fechamento de vagas com carteira assinada. O último mês com contratações acima das demissões foi em março do ano passado - quando foram criados 19,2 mil postos de trabalho.

A demissão de trabalhadores acontece em meio à forte queda do nível de atividade, com a economia em recessão. Para este ano, a estimativa do mercado financeiro é de uma queda de 3,6% no Produto Interno Bruto (PIB), após uma retração de 3,8% em 2015 - a maior em 25 anos.

Primeiro bimestre


No acumulado do primeiro bimestre deste ano, o país perdeu 204.912 empregos formais. No mesmo período do ano passado, 83.744 trabalhadores com carteira assinada foram demitidos.

Segundo o governo, o resultado dos dois primeiros meses deste ano também foi pior, para este período, desde o início da série histórica do Ministério do Trabalho, em 2002. Superou até mesmo as demissões do primeiro bimestre de 2009, ano marcado pela crise financeira (84.145 vagas fechadas.).

Os números de criação de empregos formais do primeiro bimestre, e de igual período dos últimos anos, foram ajustados para incorporar as informações enviadas pelas empresas fora do prazo no mês de janeiro. Os dados de fevereiro ainda são considerados sem ajuste.

Demissões em 12 meses


O Ministério do Trabalho informou também que, nos últimos doze meses, foi registrada a demissão de 1.706.695 trabalhadores com carteira assinada. Com isso, o total de trabalhadores empregados formalmente no país passou de 41,1 milhões, em fevereiro de 2015, para 39,48 milhões no mesmo mês deste ano.