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Ceará manda 100 milhões de m³ de água para a Paraíba

16 de abril de 2021 às 09:28

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Águas do Canal Norte do Projeto São Francisco retomaram ontem o caminho pelo qual chegarão à Paraíba, primeiro, e ao Rio Grande do Norte, depois.

Elas saem daqui para lá pela barragem do Jati e chegam ao açude do Atalho, de onde seguem para a represa de Porcos, ambas na geografia cearense e ambas integrantes do Projeto São Francisco de Integração de Bacias.

A barragem do Atalho já acumulava quase 100 milhões de metros cúbicos de água, volume que começou a ser liberado ontem para a de Porcos, à jusante, como forma de testar o canal e os túneis Conca I e Conca II construídos em solo cearense, através dos quais chegarão à Paraíba.

Um detalhe para tranquilizar os cearenses:
 
Toda a água do São Francisco que está chegando hoje à barragem de Jati – cerca de 11 metros cúbicos por segundo – tem, hoje, como exclusivo destino a barragem do Castanhão, como explica à coluna o secretário de Recursos Hídricos do Governo do Estado, engenheiro Francisco Teixeira, que, vale lembrar, foi ministro da Integração Nacional.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), cujo titular é o potiguar Rogério Marinho, toma, assim, a correta decisão de usar o volume acumulado no açude Atalho para testar todo o sistema de barragens, canais e túneis que interligará o rio São Francisco aos rios do Ceará, da Paraíba e do Rio Grande do Norte.

Quando todo esse sistema estiver testado, aí sim as águas do São Francisco, acumuladas em Jati, serão repartidas: uma parte irá para o Castanhão, outra parte será encaminhada para a Paraíba e o Rio Grande do Norte.

É por isto que os governos do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, os quatro estados beneficiados pelo Projeto São Francisco, devem logo adotar uma posição política no sentido de obterem do MDR e da Agência Nacional de Águas (ANA) o aumento da vazão do empreendimento, que precisa saltar dos atuais 26,5 metros cúbicos por segundo para 55 metros cúbicos por segundo.

Sem esse acréscimo, os objetivos do Projeto São Francisco, de oferecer segurança hídrica às populações e às atividades econômicas do semiárido Setentrional estarão comprometidas pela limitada vazão atual.

Com informações do colunistas do DN Egídio Serpa