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Caminhão guindaste atola em estrada improvisada pelo DER

11 de maio de 2017 às 08:11

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Os transtornos no município cearense de Trairi, distante 124,5 km de Fortaleza, continuam 20 dias após o arrombamento da barragem da fazenda Unique. Na tarde desta quarta-feira (10), um caminhão guindaste da Central Eólica Trairi (antiga Tractebel) atolou no desvio improvisado da Volta da Hilda. Trecho destruído pela força das águas na CE-163 (distrito de Canaã).

Segundo o professor Célio Alves Ribeiro, 41, morador de Canaã e que estava no local, a passagem feita de areia, piçarra e sobre anilhas cedeu com o peso do caminhão que tem duas cabines, pelo menos 16 pneus e um guindaste gigante na parte superior do veículo. O risco era tombar e cair no rio que passa por debaixo da rodovia danificada.

A “vereda” de areia e piçarra foi feita pelo Departamento Estadual de Rodovias do Ceará (DER) para que Trairi retomasse, ainda que de forma precária, parte da mobilidade do lugar. Além da Volta da Hilda, o rompimento do açude da Unique também abriu uma cratera na Barra das Frecheiras. Lugar de entrada e saída para as praias de Frecheiras e Guajiru.

Até agora, a Unique LQD Investments Empreendimentos Imobiliários Ltda – proprietária da barragem - não apresentou um plano de recuperação de danos para o poder público, para moradores e empreendedores prejudicados com o estouro do reservatório que armazenava 492,9 mil m³. Além disso, a Unique ainda se responsabilizou pelo desgaste ambiental.

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Segundo Marcos Prado (PSDB), 41, prefeito de Trairi, pelo menos 25 mil pessoas foram afetadas e os gastos poderão ultrapassar a R$ 4 milhões. A coleta de lixo nos distritos de Flecheiras e Guajiru, onde existem praias, foi interrompida e só retomada cinco dias após o ocorrido. A rotina escolar e o atendimento médico na zona rural, coberto pelo Programa Saúde da Família (PSF), sofreram descontinuidade. “Sem falar que somos uma cidade turística e o acidente ocorreu na véspera do feriado de Tiradentes”, afirmou o gestor.

O Povo