TVJ1.com.br

Política



PUBLICIDADE

{}

‘Se não fosse eu o presidente, o Brasil já estaria em uma ditadura’, afirma Jair Bolsonaro

06 de setembro de 2022 às 10:08

undefined

O presidente Jair Bolsonaro, candidato à reeleição pelo Partido Liberal (PL), disse nesta terça-feira, 6, que se o Brasil tivesse outro chefe do Executivo em seu lugar, o país já viveria em uma ditadura. A afirmação aconteceu durante sabatina no Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. Ao ser questionado sobre acusações de ser autoritário, Bolsonaro criticou recentes decisões dos ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, como a limitação do decreto de armas e as investigações contra empresários, e questionou quem estaria sendo, de fato, autoritário no país. “Geralmente, quem parte para o autoritarismo e busca uma maneira de perpetuar-se no poder é o chefe do Executivo. E vocês veem exatamente o contrário. (…) Nós vimos há pouco tempo, em um clube em São Paulo, pessoas criticando o [ministro] Alexandre de Moraes. Lá estava, por coincidência, um assessor dele, levou para o ministro e, ele determinou a prisão do pessoal para investigação. Para onde estamos indo?”, questionou o presidente, também citou o inquérito das fake news e dos atos antidemocráticos como exemplos de decisões pouco democráticas de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

“Qual a acusação? Atos antidemocráticos. Resume-se tudo. É o que estão fazendo no Brasil. Essa decisão agora também, de armamentos, é absurdo e arbitrariedade. Nós só podemos fazer coisas que estejam definidas em lei. E comentem esses absurdos. Eu ouso a dizer, se não sou eu o presidente, o Brasil já estaria numa ditadura”, pontuou Bolsonaro. A decisão sobre armamentos citada pelo mandatário se refere à suspensão dos decretos realizados pelo governo sobre os CACs (caçadores, atiradores e colecionadores). Com a decisão do ministro Edson Fachin, baseada no aumento do “risco de violência política” durante a campanha eleitoral, o número de armas de fogo e munições será restrito, o que Bolsonaro critica. “Não concordo em nada com a decisão de Fachin. Peço que me escutem, acabando as eleições, a gente resolve esse negócio do decreto [de armas] em uma semana. Todo mundo tem que jogar dentro das quatro linhas da Constituição. Eu sendo reeleito, a gente resolve esse problema e outros problemas”, exaltou, voltando também a falar sobre ameaça de um regime ditatorial. “Todas as ditaduras foram presididas por campanhas desarmamentistas, todas. Não conseguem enxergar isso?”