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Sargento morto em tiroteio no CE iria fazer o pedido de aposentadoria

Francisco Guanabara Filho entraria de férias na segunda-feira (4). Ele foi um dos três policiais mortos em Quixadá.

01 de julho de 2016 às 15:39

undefinedO sargento da Polícia Militar, Francisco Guanabara Filho, de 50 anos, um dos três PMs mortos nesta quinta-feira (30), durante tiroteio com assaltantes em Quixadá, Sertão do Ceará, ia entrar em agosto deste ano com pedido de reserva, de acordo com o relações públicas da PM, coronel Andrade Mendonça.

Os PMs Francisco Guanabara Filho, Antônio Joel de Oliveira Pinto e Antônio Filho foram mortos durante um tiroteio com criminosos na localidade de Juatama, zona rural do município. Um quarto agente ficou ferido.

De acordo com Mendonça, nesta sexta-feira (1º), Guanabara Filho trabalharia normalmente na noite desta quinta e na segunda-feira entraria de férias. A pespectiva era de que ele se aposentasse logo após as férias. ''Ele daria entrada numa averbação no seu tempo de serviço por ter servido na Marinha do Brasil e aguardava a análise final”, afirmou. Mendonça disse que o tempo de serviço do sargento Guanabara era de 26 anos, 6 meses e 5 dias.

Policial amigo de comerciante
O comerciante Renato Fidelis, amigo desde a infância do soldado da Polícia Militar Antônio Filho, outra vítima do tiroteio, disse que o policial prestava excelente serviço na comunidade. Todos de Quixadá o conheciam. “Mesmo depois que ele passou a trabalhar na corporação do ronda ele sempre manteve a qualidade. Era uma pessoa humilde e respeitava todos na comunidade. Tínhamos desde cedo boa vivência”, disse.

De acordo com o subtenetente Ricart, do Destacamento de Ibiguitinga, que participou da operação, apurou com policiais que ficaram como reféns, que quando os policiais chegaram para atender a ocorrência foram logo recebidos à bala. “Quando eles iam fazer a abordagem, outras pessoas desceram do carro e começaram a atirar nos policiais. Sem dá tempo de revidar”, disse Ricart.

PM baleado na perna
A polícia informou que um quarto policial que ficou ferido, o sargento Campos, foi atingido na coxa e encaminhado para o Hospital Instituto Doutor José Frota (IJF), no Centro de Fortaleza. O hospital disse que o sargento passou por cirurgia e não corre o risco de amputar a perna. Já os dois agentes feitos refém conseguiram fugir e passam bem.

Armas de grosso calibre


De acordo com a Polícia Civil, os policiais estavam usando revólveres e pistolas e entraram em confronto com um bando armado com armas de grosso calibre. Os policiais baleados morreram ainda no local. O terceiro agente de segurança chegou a ser socorrido para o Hospital Municipal de Quixadá, mas não resistiu aos ferimentos e também faleceu.

De acordo com Comando de Policiamento do Interior (CPI), os suspeitos fugiram em um carro de polícia logo após os crimes, levando outros dois PMs como reféns. Os agentes foram liberados em uma estrada na saída do município e o veículo foi encontrado.

A Delegacia Regional de Quixadá (12ª Região) informou ao G1 na manhã desta sexta-feira (1º) que equipes da Polícia Militar da região continuam realizando buscas na tentativa de prender os suspeitos. Até o momento, nenhum dos autores dos homicídios foi preso.

Governador lamenta o ocorrido


O governador Camilo Santana lamentou o fato ocorrido em Quixadá através de seu perfil oficial em uma rede social. Em nota, o governador manifestou o pesar e a solidariedade aos familiares e amigos dos policiais assassinados. Camilo Santana disse ainda que espera que os autores dos homicídios sejam punidos.

"Reforço que não descansarei enquanto essas quadrilhas não forem presas ou expulsas do nosso Estado. Não recuaremos um milímetro no combate a esses bandidos e estarei sempre apoiando nossas forças de segurança em cada uma de suas ações. Sobre o lamentável episódio em Quixadá, já determinei uma força-tarefa para atuar imediatamente no cerco em toda a região no sentido de prender cada um dos criminosos para que recebam a punição devida da Justiça", informou.

Luto


A Associação dos Cabos e Soldados Militares do Estado do Ceará (ACSMCE), Associação dos Profissionais da Segurança (APS) e Associação dos Oficiais da Policia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Ceará (ASSOF) lamentaram o ocorrido e informaram que estão de luto. As associações ressaltaram, em nota conjunta, que "encontram-se consternadas com o ocorrido e irão prestar todo apoio aos profissionais que passaram por essa grande tragédia".

Números


Com estes casos, subiu para 13 o número de policiais assassinados neste ano no Ceará. O caso mais recente havia sido no dia 10 de junho, quando um sargento da PM foi o assassinado a tiros no município de Juazeiro do Norte.