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Sargento acusado de matar Marielle tem mansão em condomínio de luxo em Angra dos Reis

12 de março de 2019 às 15:30 - Atualizado em 12/03/2019 15:31

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O sargento reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, preso na manhã desta terça-feira acusado de ser o responsável pelos disparos que mataram a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, tinha uma mansão de luxo no condomínio Portogalo, em Angra dos Reis, na Costa Verde. O local ficou famoso na década de 1990, quando o piloto de Fórmula 1 Ayrton Senna comprou uma casa lá. A mansão, que tem uma lancha em seu interior, foi um dos bens do policial rastreados por agentes da Delegacia de Homicídios e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP do Rio durante a investigação. Lessa ganhava uma aposentadoria bruta de R$ 8.191,53. Com os descontos, o valor líquido chegou, no último mês de fevereiro, a R$ 7.463,86.

Os agentes se surpreenderam com a quantidade de bens do policial. Lessa foi preso em sua casa no condomínio Vivendas da Barra, na Avenida Lúcio Costa, 3.100, Barra da Tijuca. O local, por coincidência, é o mesmo onde o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), mora. O condomínio fica de frente para o mar, com seguranças na portaria. No local, os agentes apreenderam o carro de Lessa, um Infiniti FX35 V6 AWD blindado. O modelo custa em média R$ 120 mil. Os agentes também descobriram que o policial viajava com frequência para o exterior.

Lessa é um caveira — como são conhecidos os agentes que tem o curso de Operações Especiais. Ele foi promovido, na década de 1990, por ato de bravura na PM. Por isso, teve o salário aumentado, à época, em 40% por ser um dos agentes agraciados com a premiação por pecúnia. A gratificação foi criada em 1995, durante o governo Marcello Alencar, para premiar quem participava de grandes operações. Ela acabou após três anos de polêmica, já que o número de homicídios subiu no estado, o que fez o bônus ser apelidado de "gratificação faroeste".