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'Puxaram meu cabelo e disseram que eu não prestava para nada', diz mulher chicoteada por policial em Fortaleza

05 de fevereiro de 2019 às 08:34 - Atualizado em 05/02/2019 08:35

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A mulher forçada a ficar de joelho ao lado do marido enquanto sofria golpes de chicote de um policial militar em Fortaleza relatou que apanhou por cerca de meia hora e foi xingada de "vagabunda". O caso foi filmado, e as imagens foram enviadas por uma pessoa que não quer se identificar. A Polícia Militar informou que apura o caso e lamenta a agressão.

A vítima conta que havia abastecido o veículo em um posto de combustível no Bairro Lagamar, na periferia de Fortaleza, e logo depois policiais ordenaram que ela parasse e descesse do veículo, junto com o companheiro.

"Pararam a gente e mandaram sair do carro. Depois mandaram ficar de joelhos e começaram a me chamar de vagabunda. Puxaram meu cabelo e disseram que eu não prestava para nada", conta a vítima, que não quer se identificar.

"Eles ficaram agredindo uns 30 minutos e dizendo. 'Isso é para vocês aprenderem a não passar por aqui.' Não era para ele ter feito isso, foi uma abordagem totalmente errada", completa.

No vídeo, a vítima se ajoelha ao lado de uma passarela sobre o canal do Lagamar, próxima ao namorado, também de joelhos. A garota relata que dois policiais fizeram a abordagem, um deles a agrediu com um chicote, usado para atingir as costas dela. Ele também socos e chutes no casal.

Festa de pré-carnaval

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A agressão dos policiais ocorreu próximo ao local de uma festa de pré-carnaval no Bairro Lagamar. A vítima acredita que os policiais a confundiram com uma outra pessoa que cometeu um crime durante a festa.

"Nem nessa festa eu estava. Estava passando. Meu nome é limpo. Todo mundo viu que foi covardia", afirma.

A Polícia Militar não informou o que pode ter motivado a agressão por parte dos policiais.

Ação repudiada

A Polícia Militar do Ceará informou, em nota, que a corporação "está verificando a identificação dos policiais militares envolvidos na ocorrência, para que as devidas providências sejam tomadas".

A instituição lembrou que ação de seus membros que ações de agressão são "repudiadas e devidamente apuradas por esta corporação", ocasião em que é dado aos acusados a oportunidade de ampla defesa.

A Polícia Militar lamentou a agressão e também afirmou que "não compactua com qualquer ação policial que vá de encontro aos direitos e garantias fundamentais do cidadão e que se pauta, dentre outros, pelo princípio da legalidade e da impessoalidade".


Com informalções do G1