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PF prende Joesley Batista e vice-governador de MG

09 de novembro de 2018 às 09:28 - Atualizado em 09/11/2018 09:29

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A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (9), o empresário Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), por suspeita de  crime de lavagem de dinheiro em uma ação que é desdobramento da Operação Lava Jato.

De acordo com a PF, a operação busca desarticular uma organização criminosa que atuava na Câmara dos Deputados e no Ministério da Agricultura. Andrade foi ministro da pasta no governo Dilma Rousseff (PT), entre 2013 e 2014.

O sucessor de Andrade no ministério, o deputado federal eleito Neri Geller (PPMT), também foi preso pela PF nesta sexta, em Rondonópolis (MT). Geller ocupou a pasta em 2014. 

Segundo a PF, a JBS teria, por exemplo, pago R$ 7 milhões por ações em troca de atos do ministério que beneficiassem a empresa. 

A ação, batizada de Capitu, é realizada nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraíba e Mato Grosso, além do Distrito Federal. Joesley foi preso em sua casa, em São Paulo. Ele chegou à carceragem da PF, no bairro da Lapa, localizado na zona oeste, por volta das 8h45. Já Andrade foi preso no interior mineiro, na cidade de Vazante, berço político do atual vice-governador de Fernando Pimentel (PT).

Estão sendo cumpridos, no total, 19 mandados de prisão temporária (com duração de até cinco dias). Eles foram expedidos pelo TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) por envolver pessoas com foro privilegiado. A Justiça também ordenou o cumprimento de outros 63 mandados de busca e apreensão nos cinco estados e no Distrito Federal.

Além de Joesley, Andrade e Geller, também foram presos Ricardo Saud, ex-diretor do grupo J&F, controlador da JBS, e Demilton Castro, que atuou por quase 40 anos na JBS. Castro chegou a delatar à PGR pagamentos da empresa a agentes públicos entre 2007 e 2015.

Deputado federal por cinco mandatos e agora reeleito, João Magalhães Bifano (MDB) também foi preso pela PF, em Belo Horizonte. Bifano foi flagrado durante as investigações da JBS, após a descoberta de um áudio que veio à tona em setembro de 2017. Nele, o deputado cobrava propina de Saud no valor de R$ 4 milhões. Bifano é pecuarista e agricultor. 

A defesa de de Joesley disse que "causa estranheza" a prisão dele e que ele tem colaborado com a Justiça. 


UOL