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Narcotráfico e contrabando: PF vigia 24 horas os portos do Pecém e Mucuripe

25 de março de 2019 às 08:33

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Os portos do Mucuripe, em Fortaleza; e do Pecém, em São Gonçalo do Amarante, na Região Metropolitana da Capital cearense, estão sob vigilância da Polícia Federal durante 24 horas. A determinação partiu de Brasília, através do Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Os dois terminais de cargas estão na lista dos portos brasileiros com maior vulnerabilidade para a ação de criminosos brasileiros e estrangeiros. Crimes de tráfico de drogas (narcotráfico), armas e munição, contrabando e descaminho são os delitos visados pela operação da PF.

O intenso movimento de cargas no Pecém, aliado à sua precariedade de estrutura e logística na segurança, com a falta de equipamentos modernos para o monitoramento da movimentação aduaneira, tornaram aquele terminal (distante apenas 55Km de Fortaleza) um verdadeiro “prato cheio” para o narcotráfico.

 

A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), que operacionaliza as ações anti-crime determinadas pelo MJSP, já detectou que os dois terminais portuários do Ceará são pontos frágeis em relação à segurança, daí ter determinado a vigilância da PF através dos seus setores de Inteligência e de combate ao narcotráfico.

Ainda em janeiro, com a vinda ao Ceará de reforços da Força Nacional de Segurança (FNS) e de outros organismos como a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força de Intervenção Penitenciária (FIP), foi montada uma primeira operação nos dois portos cearenses, com o apoio da Receita Federal e da Controladoria Geral da União (CGU).  Agentes da PF, com o apoio da PRF, realizaram uma varredura nos dois terminais, resultando em apreensões de cargas ilícitas e de, pelo menos, um fuzil, arma de grosso calibre e uso restrito.

Três delegacias que fazem parte da estrutura local da PF – as de Repressão aos Entorpecentes, de Estrangeiros e de Polícia Fazendária – auxiliam na operação coordenada pela Inteligência e pela equipe de Combate ao Crime Organizado.

No âmbito das investigações de Inteligência em nível de PF e da Senasp é consenso a constatação de que a costa cearense tem sido um dos principais pontos  visados pelos narcotraficantes para o embarque e desembarque de drogas, incluindo os dois terminais de cargas e de passageiros.

A ação dos criminosos internacionais no litoral do Ceará tem como principal causa a inexistência de um vigilância sistemática. Isso tem tornando  freqüente a atuação de contrabandistas e narcotraficantes nas praias ao longo dos 578 quilômetros do litoral cearense.

Carga desembarcada

Em recente operação policial realizada no litoral de Fortim (a apenas 131Km da Capital cearense), foi descoberta uma carga de duas toneladas de haxixe, desembarcada no Ceará por três narcotraficantes portugueses.

A operação ocorreu em janeiro passado e culminou na prisão dos três estrangeiros, identificados como Adriano Morgado Pereira, 23; Alexandre Antônio Ribeiro Guerra, 41 (presos em flagrante, em Fortim), e Tiago Filipe Ribeiro, que fugiu de Fortim, andou 110 quilômetros pelo litoral e foi preso em Fortaleza quando tentava asilo no prédio do Vice-Consulado de Portugal, em Fortaleza, no bairro Aldeota.

A droga veio de Marrocos, país situado no Norte da África, de barco, e foi descarregada numa praia da orla de Fortim.  Conforme estimativa da Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD), o carregamento de haxixe está avaliado em cerca de R$ 10 milhões.