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Morte brutal de travesti em Fortaleza causa comoção e revolta

04 de março de 2017 às 09:47

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Dezesseis dias se passaram desde que a travesti Dandara dos Santos, de 42 anos, foi agredida até a morte no bairro Bom Jardim. Uma violência que ficaria na invisibilidade, não tivesse se tornado público o vídeo que registra a ação criminosa e que viralizou nas redes sociais, com repercussão nacional ao longo do dia de ontem. Até agora ninguém foi preso. 

“Suba, suba! Não vai subir, não?!”, bradam agressivamente três homens, que aparecem no início do vídeo, enquanto Dandara, sentada ao chão, mal consegue se mover. Eles querem que ela suba num carro de mão. Ela chora. “Sobe logo! A ‘mundiça’ tá de calcinha e tudo”, zomba outro que filma.

Uma sequência de ofensas de gênero, chutes, tapas, golpes com madeira. A maioria mira a cabeça, já com muito sangue. Dandara tenta subir no carro de mão, sem conseguir. Até que os algozes a levantam e a jogam no carro de mão. Ela morreu no último dia 15 de fevereiro.

Pelo menos cinco jovens aparecem no vídeo com 1 minuto e 20 segundos de tortura, que circula na internet.

Para a pesquisadora de gênero e sexualidade Helena Vieira, histórias que envolvem agressões contra travestis têm múltiplos contextos. “Às vezes é violência puramente de ordem transfóbica. Mas a marca do ódio é grande. Sempre inclui tortura, espancamento, esquartejamento”, pontuou.

O Povo