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Justiça Federal decreta prisão de empresários em Juazeiro do Norte

05 de agosto de 2017 às 14:53

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Oito empresários tiveram prisões decretadas pela Justiça Federal no Ceará (JFCE) nesta sexta-feira (4). O grupo é acusado de fraudar contrato de licitação entre a Prefeitura de Juazeiro do Norte e o Ministério do Turismo para a realização do evento Juaforró, realizado na cidade de Juazeiro do Norte no ano de 2008. 

Nove anos depois, José Mauro Gonçalves de Macedo, João Rodrigues Valério, Fédor Dostoievsky Viana, Francisco Renato Sousa Dantas, Antônio Arnoud Lopes, Gabriel Rubens Plácido Almeida, João Matias Rodrigues e Paulo André Santana de Melo foram condenados. Os réus tiveram diferentes sentenças que, juntas, ultrapassam 77 anos de reclusão.

A maior pena é a de José Mauro Gonçalves de Macedo, filho do ex-prefeito de Juazeiro do Norte, Raimundo Macedo. Por ser apontado pela Justiça como líder do esquema, Macedo deve ser mantido preso durante 22 anos e 10 meses. Em seguida, as maiores penas são de João Rodrigues Valério e Antônio Arnoud Lopes. Ambos, condenados a 15 anos, cada. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), para a promoção do evento, o grupo fechou convênio com o Ministério do Turismo e recebeu R$ 900 mil do Governo Federal. O Juáforro era realizado anualmente, sempre no mês de junho e envolvia música, teatro e danças típicas. Após denúncias feitas em 2008 por vereadores do Juazeiro do Norte, o Ministério identificou que os valores foram superfaturados e participaram da licitação empresas fantasmas.

A investigação informou que a empresa de publicidade que participava do consórcio vencedor era uma lan house. Já uma das vencedoras da licitação sequer existia. A denúncia trouxe que as fraudes aconteciam desde a fase da elaboração do evento. Ainda segundo investigação do Ministério, o repasse da verba atrasou, e mesmo assim os empresários realizaram o festival alegando que os músicos convidados aceitariam ser pagos com atraso.

Diligências

Em novembro de 2009, a Polícia Federal apreendeu documentos da casa do ex-prefeito de Juazeiro do Norte. Os policiais estiveram também nas dependências da Rádio Vale FM, administrada por José Mauro Macedo. Na data, o ex-prefeito da cidade afirmou que tudo não passava de uma "armação política". À época, o procurador federal, Rafael Ribeiro Rayol, contou ao Diário do Nordeste que além das licitações, havia ainda suspeitas de superfaturamento na contratação das bandas de forró. 

Diário do Nordeste