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BNB é citado em escândalos com rombos de até R$ 1,2 bilhão

Nesta sexta, MPF denunciou fraude de mais de R$ 683 milhões. Um dos casos fraudulentos foi da ordem de mais de R$ 1 bilhão.

03 de junho de 2016 às 15:00

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O Banco do Nordeste do Brasil (BNB), com sede em Fortaleza, "coleciona" escândalos de corrupção nos últimos anos. Em nenhum dos casos houve julgamento ou prisão dos suspeitos de envolvimento nos casos.

No escândalo mais recente, o Ministério Público Federal no Ceará citou nesta sexta-feira (3) um esquema fraudulento de empréstimos que gerou um rombo de R$ 683 milhões. Entre as empresas beneficiadas estavam instituições de propriedade do doleiro Alberto Yousseff, condenado em julgamento da Lava Jato.

Relembre os casos de corrupção envolvendo verba do BNB:

'Dólar na cueca', 2005


Em 8 de julho de 2005, o ex-assessor do deputado federal José Guimarães foi flagrado com dinheiro na cueca, escândalo que ficou conhecido como "dólar na cueca". O Ministério Público sustenta que o dinheiro é proveniente de propina obtida a partir de um empréstimo de R$ 300 milhões do Banco do Nordeste (BNB) para construção de uma rede elétrica entre Fortaleza e Teresina.

Em 2012, o Superior Tribunal de Justiça declarou, por falta de provas, que o deputado José Guimarães não tinha relação com o esquema criminoso.

'Escândalo dos banheiros', 2011


Verba do BNB era utilizada para construção de banheiros populares em cidades do Ceará. A obra era de responsabilidade de ONGs recém-fundadas, que não entregava as obras ou as deixava pela metade, com valores superfaturados. O MPF afirmou na época que os desvios eram da ordem de R$ 100 milhões.

A verba desviada era utilizada para financiar campanhas eleitorais do ex-deputado Teo Menezes e para o pai dele, Teodorico Menezes. Ambos negaram envolvimento no caso e nunca foram julgados. O relator do caso na época afirmou "faltou empenho" em apurar o caso.

Desvio bilionário, janeiro de 2014


O Ministério Público Federal denunciou um esquema de desvio bilionário do banco, da ordem de R$ 1,2 bilhão. O ex-presidente do Banco do Nordeste (BNB) Roberto Smith e mais 10 dirigentes da instituição, à época, foram denunciados pela prática de gestão fraudulenta.

Segundo a denúncia do procurador da República Edmac Trigueiro, os ex-gestores praticaram irregularidades na administração dos recursos do Fundo Constitucional de Desenvolvimento do Nordeste (FNE), provocando um desfalque de R$ 1.274.095.377,97. Roberto Smith e outros dirigentes denunciados negaram envolvimento no caso. 

Escândalo do hotel, abril de 2014


A agência do banco em João Pessoa, na Paraíba, abriu sindicância para apurar um rombo de R$ 2,5 milhões que deveriam ter sido aplicado na construção de um hotel. O valor, no entanto, teve sua aplicação comprovada por meio de notas falsas, e a obra não foi realizada.

De acordo com o delegado Leonardo Paiva, dois empresários de Brasília acessaram o financiamento de cerca de R$ 7 milhões em 2011, tendo direito a benefícios específicos para obras de apoio à Copa do Mundo, como juros baixos e prazo longo para pagamento. Mas o esquema foi identificado por uma fiscalização da Controladoria Geral da União (CGU), que observou as fraudes. “As notas fiscais eram reconhecidamente falsas, com erros grosseiros”, detalhou.

G1