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Custo do VAR na Copa deve ser 40% menor do que o orçado pela CBF na Série A

07 de março de 2018 às 15:20

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Uma estimativa inicial de membros da Fifa prevê que o custo para usar o árbitro de vídeo nos 64 jogos da Copa do Mundo da Rússia, entre junho e julho, será de US$ 650 mil (R$ 2,1 milhões). O valor por partida, portanto, é de pouco mais de US$ 10 mil, R$ 32 mil em cotação atual, quase 40% inferior aos R$ 50 mil que a CBF orçou para usar o VAR (árbitro assistente de vídeo, na sigla em inglês) no Campeonato Brasileiro em 2018.

O alto investimento fez com que a maioria dos clubes da Série A nacional (13 dos 20) votassem contra a utilização do VAR no Brasileiro que se inicia em abril. A CBF repassaria esse gasto às equipes, que gastariam quase R$ 500 mil cada somente durante o segundo turno, quando seria implementado.

Como mostrou a coluna De Primeira, do UOL Esporte, a CBF culpou pelo preço os cabos de fibra ótica necessários para se ter a tecnologia no campo. Ao se comparar com Portugal, que gasta cerca de R$ 5 mil por partida para ter o VAR, a CBF explicou aos clubes que um país do tamanho do Brasil necessitaria de muito mais investimento nessa estrutura ótica do que no país europeu.

O valor para a Copa do Mundo também é considerado alto dentro da Fifa porque será preciso montar toda uma estrutura interligada em um país também com longas distâncias, como a Rússia, e em 11 cidades diferentes. A quantia é estimada em um total porque cada sede deve ter um custo diferente — a entidade pretende confirmar o uso da tecnologia no Mundial na reunião do seu Conselho, na próxima semana, em Bogotá, na Colômbia.

Moscou, por exemplo, deve ter um gasto mais barato, até porque dois estádios serão usados na cidade para receber partidas e podem dividir certas estruturas do VAR, principalmente de funcionários que operam o sistema. Já cidades mais distantes da capital, como Ekaterimburgo e Kaliningrado, devem ter um valor superior até aos R$ 32 mil por partida sugeridos na média do total.

Essa quantia é uma estimativa, e a Fifa avalia que pode conseguir preços melhores em negociações com fornecedores e empresas terceirizadas a serem contratadas. Há possibilidade também de a entidade vender patrocínio atrelado ao uso da tecnologia já para o Mundial, mas isso é algo que tem alguma resistência entre membros da entidade por temor que se obrigue a usar o VAR desnecessariamente somente para mostrar marcas de parceiros. 


UOL