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Estados Unidos formalizam pedido de extradição de 7 dirigentes da Fifa

Genebra, 2 jul (EFE).- O Departamento de Justiça dos Estados Unidos formalizou para as autoridades suíças o pedido de extradição dos sete dirigentes da Fifa detidos no país europeu há cinco semanas, entre eles o ex-presidente da CBF, José Maria Marin. O pedido formal chegou na quarta-feira ao Ministério da Justiça da Suíça, conforme o mesmo confirmou em um comunicado emitido hoje. A solicitação de extradição se baseia nas suspeitas de que estes dirigentes, e outras pessoas de entidades com as quais colaboravam, participaram de uma rede de corrupção que permitiu o pagamento de propina no valor de mais de US$ 100 milhões. "No dia 1º de julho, a embaixada dos Estados Unidos em Berna transmitiu à Suíça os pedidos de extradição, nos prazos previstos pelo tratado de extradição entre os dois países", indicou o Ministério da Justiça da Suíça. Segundo as investigações da procuradoria de Nova York, os sete dirigentes da Fifa receberam de representantes de meios de comunicação esportivos e empresas comerciais no âmbito futebolístico milhões de dólares em cada caso, em troca dos direitos de transmissão, comercialização e patrocínio de torneios de futebol nos Estados Unidos e na América Latina. Para o Ministério suíço, "esses atos de corrupção, estipulados e preparados em solo americano, também foram objeto de transações através de bancos americanos", razão pela qual a Justiça dos EUA decidiu abrir um procedimento sobre este caso. Nos próximos dias, os dirigentes poderão se pronunciar para a polícia de Zurique em relação ao processo de extradição. Após a prisão dos cartolas, ocorrida no dia 27 de maio em Zurique, onde participavam do Congresso anual da Fifa, seis dos dirigentes rejeitaram aceitar voluntariamente a extradição e o único que tinha aceitado, mudou depois de opinião e também se opôs ao procedimento. Uma vez que os detidos forem ouvidos pela polícia, eles e seus advogados terão 14 dias para tomar uma posição definitiva. Esse prazo pode se prolongar por mais 14 dias, mas somente por motivos muito sérios. Em seguida, as autoridades da Justiça suíça decidirão se vão conceder ou não a extradição, com base nos pedidos recebidos, nos interrogatórios dos detidos e nas posições que os cartolas adotarem. Caso a extradição seja aprovada, o processo ainda deverá passar por duas instâncias superiores de apelação, o Tribunal Penal Federal e o principal órgão de justiça do país, o Tribunal Federal. EFE is/rpr
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