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Em entrevista nos EUA, Lochte volta a mudar versão sobre assalto no Rio

Redação Folha Vitória

Rio -

Após alegar ter sofrido um assalto à mão armada com seus companheiros de equipe durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o nadador norte-americano Ryan Lochte voltou a mudar sua versão sobre o crime. Em entrevista ao repórter Matt Lauer, da emissora NBC, dos Estados Unidos, ele voltou atrás em alguns pontos importantes sobre o incidente, que teria acontecido à mão armada.

Na primeira versão, Lochte havia dito que, enquanto estava em um táxi junto a seus companheiros, a caminho da Vila Olímpica, foi abordado por um carro de supostos policiais disfarçados. "Estes caras chegaram com distintivos da polícia. Sem sirenes. Eles apenas nos abordaram e sacaram suas armas", afirmara Lochte previamente.

Porém, na entrevista divulgada na noite desta quarta-feira, ele já afirma que o táxi foi abordado por um grupo de pessoas enquanto estava parado em um posto de gasolina. "Eles tinham ido ao banheiro em um posto. Eles voltaram ao táxi e, enquanto pediam pela partida, o taxista não se mexeu. Lochte disse 'vamos lá, de novo', 'precisamos sair daqui', e o motorista continuava parado. Foi aí que ele disse que dois homens se aproximaram com armas e distintivos e ordenaram que eles saíssem do carro e se deitassem", afirmou o repórter Matt Lauer.

Outro detalhe alterado foi sobre a arma que teria sido apontada para sua cabeça. Antes, Lochte dissera que o ladrão teria colocado a arma contra sua nuca. Porém, na versão mais recente, contada à emissora americana, ele nega o fato e diz apenas que o objeto teria sido apontado 'em sua direção'. Também há divergências sobre o número de bandidos que teriam feito a abordagem.

Nesta quarta, a Polícia Federal impediu o embarque de outros dois nadadores americanos no aeroporto do Galeão. Gunnar Bentz e Jack Conger foram retirados do avião porque estão envolvidos na investigação da polícia sobre o caso, o suposto roubo aos atletas norte-americanos, após muitas divergências encontradas nos depoimentos.

Câmeras de segurança também revelaram que os nadadores chegaram à Vila Olímpica, na Barra da Tijuca, com uma atitude positiva, "fazendo brincadeiras uns com os outros", diz a decisão da juíza Keyla Blanc de Cnop. Eles ainda estavam usando relógios e portavam suas carteiras e telefones celulares, o que causou estranhamento, uma vez que estes são objetos, em geral, levados por assaltantes.

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