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Copa América reflete aumento no fluxo de jogadores sul-americanos à Europa

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Fernando Gimeno. Santiago (Chile), 18 jun (EFE).- Representados por mais de cem jogadores, os clubes europeus são protagonistas da atual edição da Copa América, o que mostra a intensa migração de jogadores sul-americanos nos últimos anos, já que apenas nove jogadores jogavam no Velho Continente na competição de 1987. Apesar disso, esta é a primeira vez que a presença de jogadores "europeus" é reduzida na Copa América desde o aumento na edição de 1997, disputada na Bolívia. No total, a Europa fornece 111 jogadores para a competição, já os clubes da América do Sul, cem. O restante dos inscritos no torneio jogam na América do Norte e em outros continentes. A elevada presença de jogadores que migraram para a Europa também fez com que a Copa América aumentasse o interesse pelo torneio nesse continente devido a nomes como Neymar, Lionel Messi, Falcao García, Arturo Vidal e Edinson Cavani, entre muitos outros. A maior concentração desses jogadores foi registrada há quatro anos, na edição sediada pela Argentina, quando os clubes europeus forneceram 119 jogadores e os da América do Sul apenas 106. Essa prevalência europeia na Copa América era quase inexistente há três décadas. No torneio de 1987, havia apenas nove jogadores que jogavam do outro lado do Oceano Atlântico. Entre eles estavam os argentinos Diego Maradona (Napoli/Itália), José Luis Brown (Best/França) e Pedro Pablo Pasculli (Lecce/Itália), e os brasileiros Júlio César (Montpellier/França) e Mirandinha (Newcastle/Inglaterra). Completavam a lista na época o chileno Jorge Contreras (Las Palmas/Espanha), o paraguaio Ramón Hicks (Sabadell/Espanha) e os uruguaios Enzo Francescoli (Racing Paris/França) e Rubén Sosa (Zaragoza/Espanha). No entanto, esse progressivo aumento de jogadores sul-americanos na Europa não teve a mesma tendência em todos os países da América do Sul. Nesta Copa América, as seleções se dividem entre aquelas nas quais praticamente todos os integrantes do elenco jogam fora da América do Sul e outras em que quase todos os jogadores disputam o campeonato local. No primeiro caso se enquadram Brasil e Argentina, as duas potências do continente acostumadas a exportar os melhores jogadores ao futebol europeu. Para a seleção brasileira, foram convocados 16 jogadores da Europa, e apenas cinco de clubes nacionais: Jefferson (Botafogo), Marcelo Grohe (Grêmio), Geferson (Internacional), Elias (Corinthians) e Robinho (Santos). Já na Argentina, só Fernando Gago (Boca Juniors) e Milton Casco (Newell's) jogam no país, enquanto os outros 20 selecionados jogam na Europa. A seleção da Bolívia vive uma situação oposta, com 19 jogadores que disputam campeonatos na América do Sul, sendo que um joga no Chile e 18 marcam presença no Campeonato Boliviano, enquanto só três atuam na Europa: Sebastián Gamarra (Milan/Itália), Martín Smedberg-Dalence (Gotemburgo/Suécia) e Ricardo Pedriel (Mersin/Turquia). Equador e Peru têm 15 jogadores cada em clubes sul-americanos, enquanto na Europa jogam cinco integrantes da equipe equatoriana e dez da peruana. Outras seleções mantêm um equilíbrio entre os jogadores que permanecem na América do Sul e os que vivem na Europa, como é o caso de Uruguai e Venezuela. A seleção dirigida por Óscar Tabárez conta com 12 jogadores de times europeus e outros dez que continuam a jogar na América do Sul. Já os venezuelanos têm dez integrantes na Europa e 11 que permanecem na América do Sul, mas é o maior exemplo do aumento de jogadores desse continente em clubes da Europa nos últimos anos, já que, na Copa América de 2001, só havia dois jogadores procedentes do continente europeu. EFE fgg-ag/vnm/id

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