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"Dedada" de Jara é novo caso de provocação inusitada no futebol

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Hernán Bahos Ruiz. Santiago, 25 jun (EFE).- A "estratégia" do chileno Gonzalo Jara para provocar a expulsão do uruguaio Edinson Cavani nas quartas de final da Copa América não é nova e virou novo capítulo de uma série de famosos casos semelhantes, como as provocações de Marinho Chagas contra Johan Cruyff na Copa do Mundo de 1974. As "mãos bobas", que passam perto ou pressionam os genitais do rival, ou até mesmo "dedadas" como de Jara no artilheiro da Celeste, constituem o repertório dos agressores para tirar do sério e conseguir desequilibrar os adversários. Jara, inclusive, é reincidente nesse tipo de jogo sujo. E com a "dedada" em Cavani no segundo tempo da partida realizada na quarta-feira, deixou claro que suas vítimas preferidas são uruguaios. No dia 26 de março de 2013, no mesmo Estádio Nacional de Santiago, o atual jogador do Mainz 05 apertou as "partes baixas" do atacante Luis Suárez, que reagiu e deu um soco no rosto do rival. A partida, que valia pelas Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2014, terminou com vitória do Chile por 2 a 0. Nem sempre, no entanto, a "estratégia" para irritar o rival teve resultado. Anos depois da semifinal da Copa 1974, entre Brasil e Holanda, o já falecido Marinho Chagas não conseguiu esconder sua revolta com a indiferença de Johan Cruyff às provocações. "Ele era frio. Cuspimos nele, o chamamos de 'bicha', passamos a mão na bunda dele e ele não se alterava", disse o lateral-esquerdo, lembrando da derrota da seleção brasileira por 2 a 0. Um dos casos mais famosos da história do futebol ocorreu no dia 8 de setembro de 1991, entre o espanhol Míchel, na época jogador do Real Madrid, e o colombiano Carlos Valderrama, que atuava no Valladolid. Pouco antes de uma cobrança de escanteio, Míchel marcava Valderrama e, sem que o árbitro percebesse, deu várias "patoladas" no colombiano, que começou a xingá-lo. Coincidência ou não, 19 anos depois, em outra partida entre os dois times, os papéis se inverteram. Foi a vez do meia Guti sofrer um "toque" inesperado do zagueiro César Arzo. Há dois anos, o meia Mario Suárez, do Atlético de Madrid, no meio de uma discussão, também deu um golpe nada nobre no mexicano Carlos Vela, da Real Sociedad. Em alguns casos, o jogo sujo virou até apelido. Revoltado com uma entrada do meio-campo Luis Fernando, do Cruzeiro, o volante Nélson, do Vasco, aproveitou que o adversário estava caído no chão e apertou as genitais do rival. Depois do episódio, virou "Nélson Patola". No dia 1º de abril do ano passado, o Campeonato Inglês debatia o "escândalo" ocorrido na vitória do West Ham sobre o Sunderland por 2 a 1. Phil Bardsley tinha a missão de pressionar Kevin Nolan para anular o desempenho do oponente na área e tentou cumprir a tarefa com todas as armas disponíveis. Entre empurrões e agarrões, a mão do zagueiro desceu e foi parar onde não devia. Nolan, no entanto, não respondeu como Suárez e enviou um "beijinho" para o adversário. Outro episódio famoso no Reino Unido ocorreu em 1988, em jogo válido pela Copa da Inglaterra, quando o polêmico Vinnie Jones, na época no Wimbledon, foi flagrado por um fotógrafo apertando os genitais de Paul Gascoigne, ídolo do Newcastle. EFE hbr/lvl-bg

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