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Entrevista: Wesley Safadão comemora seu melhor ano

29 de dezembro de 2015 às 10:00

“Sem dúvida foi o melhor ano da minha vida”, diz Wesley Safadão. Não é exagero do cantor cearanse de 27 anos. Com música estourada (“Camarote” é uma delas) e agenda lotada (só em dezembro serão um total de 26 shows), ele prendeu o cabelão, virou meme na internet, provocou gritinhos do público pode onde passou, e, finalmente, alcançou o sucesso do Norte ao... Bem, Safadão diz que ainda precisa conquistar o Sul (uma apresentação já foi acertada no Paraná), e essa é só uma de suas metas para 2016.

Coincidência ou não, foi só você abandonar o antigo visual, com aquele cabelão solto, para estourar nacionalmente. Foi uma estratégia?

O artista depende da música e é a isso que dou valor. Se eu tivesse ficado careca, o resultado seria o mesmo. A gente se preocupa muito com o repertório. A história do cabelo foi por acaso. No fim do ano passado, fui fazer uma formatura no Rio Grande do Norte. Cheguei cansado no hotel e perdi a hora. Acordei atrasado e, sem paciência, prendi o cabelo. Fiz o show marcado para as 3h da manhã assim e deu certo, as pessoas gostaram. Mas sempre usei o cabelo preso em casa.

Foram muitos shows em 2015, com muitas viagens. É difícil aguentar essa rotina pesada?

Nem conto o número de shows que faço. Mas não fico mais de dois dias longe de casa, meu empresário já sabe disso. Tenho que ver minha família, dormir na minha cama. Preciso só de cinco horas de sono. Não sei se isso vai me custar um preço alto no futuro, mas vou indo.

Ter comprado um jatinho ajuda nessa maratona, não é?

Foi uma conquista importante. Não é um luxo. Você não tem mais aquele desgaste de aeroporto. Sempre quando ficava sentado horas, com a costela naquela cadeira gelada, esperando o voo, ligava para minha mãe dizendo que ia desistir dessa vida de cantor.

Aconteceu um acidente grave com o ônibus da sua banda na estrada este ano. Você não fica com medo?

Costumo dizer que não tenho medo, tenho fé. Se o tempo não está bom, a gente não decola. Não adianta arriscar. Se estou num carro em alta velocidade na estrada, estou buscando algo que não é bom para mim. Tomo cuidado, faço minhas orações e rezo sempre quando saio de casa.

Você virou meme na internet para todas as situações. Isso te incomoda ou dá para achar graça?

Levo na maior esportiva. Se é de política, falam meu nome. Se é de cinema, falam meu nome também. Algumas são bem agressivas, tento não me incomodar, mas no geral me divirto.

Por que você acha que virou alvo dessas brincadeiras? Por causa do seu nome artístico?

Sempre gostei de Safadão. Já me disseram para trocar, que era pejorativo, mas não quis. Mas essa safadeza toda não existe. Já cantei canções apelativas, mas não canto mais hoje. Hoje, subo no palco, canto minhas músicas e faço minha dancinha para arrancar os gritos das fãs. Mas sou um cara envergonhado, tímido.

Você é mesmo um cara envergonhado?

Sim, às vezes olho as coisas que faço em cima do palco e acho que não sou eu. Não sei dançar, na verdade. Eu tento.

É impossível andar hoje sem segurança?

Minha mãe não deixa eu andar sem segurança (risos). Ando sim, mas nem quero saber onde eles estão. Prefiro que eles fiquem de longe. Antes do Natal, fui a um shopping aqui em Fortaleza com minha mulher comprar os presentes. As pessoas vêm falar, atendo todo mundo na boa. Consigo ir aos lugares, não me sinto uma estrela. Trabalhei e trabalho muito para ter esse reconhecimento. Tomo certos cuidados, como na hora de almoçar escolher uma mesa mais no cantinho, mas sempre tem quem encontre a gente e pede para tirar foto.

O assédio feminino é muito grande em cima de você?

Faz parte. Esses dias, no fim de um show em Campina Grande (Paraíba), uma fã driblou os seguranças e correu na minha direção. Pedi que os seguranças não fizessem nada. Ela me abraçou forte, agarrou tanto meu pescoço que eu fui ficando vermelho e engasguei. Algumas vão além mesmo.

Você marcou um golaço recentemente num jogo beneficente com jogadores profissionais. É mesmo bom de bola?

Meu sonho era ser jogador de futebol. Virei cantor por acaso. Nos meus dias de folga, gosto de jogar com os amigos e acho que sou bom de bola. Pelo menos, é o que sempre me dizem.

É daquele tipo de pessoa que faz lista com as metas para o ano que vem?

Algumas já estão no bloco de notas do meu celular. Foco nelas. Quero gravar um DVD num resort só com músicas inéditas. Posso falar que minha música chega em todo o Brasil, mas eu, não. Ainda falta conquistar alguns lugares, como a região Sul do país. E também uma música na novela. Achei que em 2014 aconteceria, mas é um fator que não depende só de mim.

Você já tem um menino de 5 anos e uma menina de 1 com sua mulher, a modelo Thyane Dantas. Entre os planos pessoais, está o de ter mais um filho?

A gente toma cuidado demais. Queremos, mas não para agora. Minha escadinha é de três em três anos. Antes de falar com você, estava na rua com o mais velho na “carcunda” e a caçula nos braços. Sou muito apegado a eles. Gosto da casa cheia e as crianças são sinônimos de alegria para mim.

Cortar o cabelo está entre os planos de 2016?

Tenho a maior vontade de cortar, mas quero que todo mundo me conheça assim antes. Quero criar essa expectativa.

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