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Correção: Seletiva tem brilho de Joanna e índice 'concidicional' de Fratus

Redação Folha Vitória

Palhoça - A nota enviada anteriormente, com o título "Joanna Maranhão se destaca, mas 2ª etapa da seletiva termina sem índice" não considerava os índices condicionais dos 50m livre. Segue a versão corrigida e revisada.

Bruno Fratus precisa não competir para se manter qualificado para os Jogos Olímpicos do Rio, no ano que vem. A situação é peculiar porque o medalhista de bronze do Mundial de Kazan nadou abaixo do índice na abertura do revezamento 4x50m livre do Pinheiros, no fim da tarde desta quarta-feira, em Palhoça (SC), na primeira seletiva da natação brasileira. Mas o índice só será válido para a formação da seleção que vai ao Rio-2016 se ele não competir nos 50m livre no sábado. Na mesma situação vive Lorrane Ferreira, do Minas Tênis Clube.

Pelo regulamento da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), os índices para provas de 50m, 100m e 200m livre feitos na abertura de revezamentos só valem se os respectivos atletas não participarem (ou tiverem participado) da prova individual no mesmo evento. Fratus e Lorrane estão inscritos para os 50m livre no Brasileiro Sênior, sábado de manhã, e prometem nadar. Caso se classifiquem também para o Torneio Open (espécie de final, sábado à tarde), terão mais uma chance de anotar uma boa marca.

Fratus abriu o revezamento do Pinheiros com um tempo muito expressivo: 21s37, exatamente o resultado que faz do norte-americano Nathan Adrian o segundo do ranking mundial do ano. Melhor que eles só o francês Floren Manaudou, com 21s19. Até então, Fratus tinha 21s55 como seu melhor na temporada, feito em Kazan, mas a CBDA só aceitará os índices anotados em Palhoça e no Troféu Maria Lenk do ano que vem.

O tempo de Fratus nesta quarta-feira faz dele o terceiro do ranking mundial da era pós-trajes tecnológicos, atrás só de Cesar Cielo (21s32, em 2013) e Manaudou. Como serão até dois brasileiros por prova no Rio-2016, seria praticamente impossível que a marca feita em Palhoça não o levasse à Olimpíada - só Cielo tem condições de superá-lo. Mesmo assim, ele avisou que não vai abrir mão de nadar no sábado.

No feminino a situação é diferente. Lorrane Ferreira fez exatamente o índice necessário - 25s28 - para abrir o revezamento do Minas, mas tanto Etiene Medeiros quanto Graciele Hermann nadaram na casa de 24 segundos no Pan de Toronto. Por isso, Lorrane, de 22 anos, precisa baixar expressivamente essa marca para se aproximar da Olimpíada.

MARANHÃO BRILHA - Joanna Maranhão também brilhou nesta tarde em Palhoça. Acostumada a nadar provas mais curtas, de 100m a 400m, Joanna completou os 800m livre em 8min35s96, a apenas três segundos do recorde brasileiro, que é dela desde 2009, e a dois do índice para os Jogos Olímpicos do ano que vem, que é 8min33s97.

A seletiva que começou nesta quarta-feira no parque aquático da Unisul tem provas válidas pelo Campeonato Brasileiro Sênior pela manhã e pelo Torneio Open à tarde. Nas distâncias mais longas (800m no feminino e 1.5000m no masculino), as mesmas baterias são válidas para os dois torneios.

Apesar de ter batido o recorde sul-americano dos 200m costas no Pan de Toronto, Joanna optou por não nadar essa prova em Palhoça - está inscrita em outras quatro. Por pouco, não viu o recorde voltar a Natália de Luccas, que venceu com o tempo de 2min12s44, novo recorde do Open. Aos 19 anos, a nadadora do Corinthians ficou a cerca de dois segundos do índice: 2min10s60. Por 0s39 não bateu o recorde de Joanna.

O único índice feito pela manhã em Palhoça foi de Leo de Deus, nos 200m costas. À tarde, optou por não nadar o Open, para se poupar. Sem o corintiano, a vitória ficou com seu companheiro de clube Fernando Ernesto dos Santos, com 1min59s63, acima do tempo de 1min58s22 exigido para a Olimpíada. Além dele, só Fabio Santi, do Pinheiros, com 2min00s66, nadou relativamente perto do índice.

Na outra prova de distância olímpica disputada esta tarde, o equatoriano Esteban Enderica bateu o recorde do campeonato nos 1.500m pelo Fluminense. Com 15min09s82, ele colocou mais de 13 segundos sobre o melhor brasileiro, Luiz Rogério Arapiraca, da Unisanta, que completou em 15min23s29. O índice nessa prova é na casa de 15min14s. Brandonn Almeida, que fez 15min11s no Pan, não se inscreveu nos 1.500m no Open.

As disputas de 50m borboleta foram vencidas respectivamente por Daynara de Paula (26s47, pelo Sesi-SP) e Nicholas Santos (23s38, pela Unisanta). Cesar Cielo, que costuma nadar essa prova, resolveu priorizar os 50m e 100m livre, que são provas olímpicas.

Na quinta-feira a seletiva promete pegar fogo com oito provas olímpicas: 200m livre, 100m costas, 100m borboleta e 400m medley, sempre no masculino e no feminino. Também serão disputado o revezamento 4x100m livre (os atletas que não nadarem os 100m livre podem fazer tomada de tempo na abertura do revezamento) e as provas de 50m peito.

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