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Brasil prevê delegação de mais de 400 atletas e mira Top 10 no quadro de medalhas

Redação Folha Vitória

São Paulo - Com 329 vagas asseguradas por ser país-sede, o Brasil contará com uma delegação recorde nos Jogos Olímpicos do Rio. A estimativa do Comitê Olímpico do Brasil (COB) é que o grupo seja composto por mais de 400 atletas em 2016. À medida que aumenta o número de representantes, também cresce a expectativa por resultados. Depois do 15.º lugar na contagem geral de medalhas na Olimpíada de Londres, em 2012, o Brasil trabalha para se posicionar entre os dez melhores países na próxima edição. Isso indica que apenas uma pequena parcela desse contingente sairá vencedora.

Para alcançar o Top 10, o COB projeta que seja necessário conquistar entre 27 e 30 medalhas no Rio e chegar ao pódio com representantes de 16 a 18 modalidades. Os números foram estabelecidos depois de um estudo das últimas edições dos Jogos.

Em Pequim (2008), o décimo lugar ficou com a Ucrânia, com 27 medalhas, enquanto a Itália garantiu a mesma posição com 28 em Londres (2012). Vale lembrar que o quadro de medalhas tem como critério o número de ouros, mas o COB se baseia na quantidade total de pódios.

Na preparação da delegação brasileira para a última Olimpíada, foram investidos cerca de US$ 350 milhões (R$ 988,7 milhões) para 259 atletas. Agora, o recurso fica em torno de US$ 600 milhões (R$ 1,6 bilhão). A verba é proveniente da Lei Agnelo/Piva, dos programas de alto rendimento do Ministério do Esporte (Plano Brasil Medalhas) e dos patrocinadores privados. O valor total é próximo dos US$ 700 milhões de países como Austrália, Grã-Bretanha, França e Alemanha, que devem figurar da quarta à oitava posição. Estados Unidos, China e Rússia gastam por volta de US$ 1 bilhão e deverão brigar entre eles pela liderança.

O sucesso do Brasil depende de atletas badalados e também de algumas promessas. O nadador Cesar Cielo - campeão olímpico nos 50 metros livre em Pequim - está em má fase, mas confia na volta por cima no ano que vem.

Medalha de ouro nas argolas em Londres, o ginasta Arthur Zanetti quer manter seu reinado. Na vela, com a volta da classe Laser, depois de oito anos, Robert Scheidt tem a chance de conquistar sua sexta medalha olímpica, a terceira dourada.

Já Fabiana Murer, do salto com vara, decepcionou na edição passada e busca fechar seu último ciclo com chave de ouro. Em seu caminho estará a russa Yelena Isinbayeva, que tirou um ano sabático para cuidar da família. A brasileira espera a rival em boa forma. "Ela é uma excelente atleta, voltar depende só da motivação dela de enfrentar os treinamentos."

No futebol, a seleção tem a chance de se redimir em um torneio em casa e conquistar o ouro inédito. A equipe será liderada por Neymar, que vai preencher uma das três vagas para jogadores acima de 23 anos - ele estava em Londres. No feminino, Marta - cinco vezes melhor do mundo - reforça a equipe.

Os jovens talentos também são esperança de medalha no Rio. Campeão mundial sub-17, Marcus Vinícius D'Almeida tem obtido resultados expressivos no tiro com arco, assim como Isaquias Queiroz na canoagem velocidade.

A promissora Rebeca Andrade é a principal aposta da nova geração da ginástica artística, que deverá penar para se classificar por equipes sem contar com Rebeca, machucada. No atletismo, o grande nome entre os novatos é Thiago Braz, do salto com vara, que quebrou o recorde sul-americano, com 5,92m.

Ainda é preciso ficar de olho nas estrelas internacionais: o jamaicano Usain Bolt (atletismo), o francês Teddy Riner (judô), a húngara Katinka Hosszú (natação) e os norte-americanos LeBron James (basquete), Serena Williams (tênis) e Michael Phelps (natação) - o maior medalhista e campeão olímpico de todos os tempos.

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